quarta-feira, 28 de abril de 2010
Pré Jogo: Flamengo X Corinthians
Horário: 21h50 (Horário de Brasília)
Local: Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã)
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
Arbitragem:
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Auxiliar 1: Emigdio Ruiz (PAR)
Auxiliar 2: Nicolás Adolfo Yegros (PAR)
Flamengo
Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim, Juan
Rômulo, Maldonado, Willians, Michael;
Vagner Love, Adriano.
Téc. Rogério Lourenço
Corinthians
Júlio César;
Moacir, Chicão, William, R. Carlos;
Ralf, Elias, Jucilei, Danilo;
Dentinho, Ronaldo.
Téc. Mano Menezes
Finalmente o encontro entre Ronaldo e adriano deve acontecer. E pra melhorar o espetáculo será válido pela Libertadores da América.
O que pesa a favor do Coringão é o momento extra campo do Flamengo, com demissão de treinador e chefe de departamento, o que pode atrapalhar o desempenho da equipe.
Mas favoritismo fica fora das quatro linhas e lá dentro o Timão vai precisar de muita garra pra trazer um bom resultado do Rio e decidir ao lado da sua Fiel torcida na semana que vem.
Vai Corinthians! Saiba Mais >>
terça-feira, 27 de abril de 2010
A minha casa está onde está o meu coração.
Um lugar pra chamar de "casa".
Personificado como és, te parabenizo pelos seus 70 anos.
Muito obrigado, Paca!
Que você seja eterno assim como as memórias vividas em teu gramado e em tuas arquibancadas, que nunca sairão da cabeça da Fiel torcida. Saiba Mais >>
terça-feira, 20 de abril de 2010
Per Aspera Ad Astra: A história do mais querido do mundo (Parte XXI)
O Time do Povo
Esta frase é de autoria do poeta e pintor Menotti Del Picchia, quando refletia sobre o movimento operário paulista.
"Fenômeno Sociológico" foi o termo encontrado para aquilo que popularmente é chamado de "Religião". O Corinthianismo possui tamanha complexidade para o entendimento que, quando observamos a própria História do Clube, passamos a imaginar sobrenaturalidades. Não é à toa que São Jorge é Padroeiro.
Como foi possível um Clube que começou pobre e amador, com tantas dificuldades materiais, somadas às rasteiras constantes dos que comandavam a politicagem do Futebol, chegar ao profissionalismo e à hegemonia no Futebol, no fim da década de 1930?
A resposta está naquilo que concretiza qualquer grandioso empreendimento.
É muito esforço, trabalho, muita dedicação, muita luta, fortíssima perseverança e amor demais. Tudo isso nunca faltou ao Corinthians, que por isso mesmo tirou as dificuldades materiais de letra.
Por isso é o mais genuíno Clube Popular, por ser a expressão do Povo em campo.
"Uma manifestação palpável do anseio popular por emancipação", segundo Lourenço Diaféria; "Um Fenômeno sociológico a ser estudado em profundidade", segundo Menotti Del Picchia.
O Corinthians passava por mais outra dura prova do destino, com louvor.
Depois de atravessar a primeira metade da década em uma crise que parecia não terminar nunca, depois de ver assumir a presidência um dos maiores Presidentes do Clube e concretizar sua vocação poliesportiva, ir aos poucos ajeitando o time a exemplo da década de ouro de 1920, inclusive com Neco de volta como técnico, o Corinthians vivia uma das melhores fases de sua História.
A Cidade Corinthians estava quitada, e boa parte com a ajuda de Schürig. Na verdade, era a primeira gleba, toda a parte à esquerda da Rua São Jorge, que hoje termina na Capela. O lugar onde fica a Fazendinha, o Tamboréu, a Biquinha, o São Jorge e a Torre.
E o Parque São Jorge fervilhava de gente. O Corinthians já tinha sua multidão fidelíssima, há muito tempo.
Em novembro de 1937 a multidão seguiu o Corinthians ao Parque Antárctica, para assistir a vitória por 1 a 0 sobre o Palestra.
E de tão boa fase, corôou mais um grande ídolo - Teleco. Nesse jogo, como dizíamos no capítulo anterior, jogou machucado e fez o gol.
Naquele ano Teleco foi pela terceira vez seguida (35, 36 e 37) o artilheiro do campeonato, e voltaria a ser em 39 e 41.
Quem já teve a oportunidade de ouvir Corinthianos da Velha Guarda conversando (e põe Velha Guarda nisso...), com certeza "pescou" o nome de Teleco, sempre dito com extremo respeito, carinho e admiração.
Naquele ano, além de tudo, o turbulento clima político no Futebol paulista foi resolvido na prática, e a terceira cisão da Liga Paulista de Futebol chegou ao fim. Foi extinta a Associação Paulista de Esportes Athleticos e criada a Liga Paulista de Futebol do Estado de São Paulo, significando a união do Futebol paulista. Por isso aquele campeonato foi chamado "campeonato da paz".
No começo do ano seguinte o Corinthians faz nova excursão à Bahia. E traz de lá o jogador Servílio.
Este nome tem importância na História Corinthiana não apenas por ele ser um dos maiores meia-esquerda de todos os tempos, ter toda a classe e driblar com maestria - tanto que foi apelidado de Bailarino pela Torcida - mas boa parte da paixão que muitos baianos têm pelo Coringão, é por ele ter se tornado Corinthiano de corpo e alma.
Claro que Carlos Alberto Gambarotta tem sua parcela de responsabilidade. Foi ele que foi para a Bahia, e por causa dele o clube que leva o nome do estado tem um símbolo semelhante ao símbolo Corinthiano da época.
Mas foi com Servílio que começou o Corinthianismo apaixonado no Nordeste, e é por causa dele que temos tanta Torcida na Bahia. A Fiel Salvador está aí, e não nos deixa mentir...
Manuel Correcher foi buscá-lo no Galícia - um clube, na época, de espanhóis, como o próprio Correcher. E Servílio, amado naquele clube, veio ao Corinthians para ser idolatrado, numa época em que os nordestinos chegavam à essa cidade.
O Esquadrão Mosqueteiro se completava e se firmava. Barcheta no gol, Jango¹ e Carlos na zaga, Sebastião, Brandão e Munhoz² na linha média, Lopes, Servílio, Teleco, Carlito e Carlinhos no ataque.
E neste ano de 1938 entra em disputa a taça chamada "Henrique Mündel".
Eram jogos rápidos, de 25 minutos cada tempo, e este político torcedor-símbolo passou pelas arquibancadas portando um barril, solicitando aos presentes que jogassem moedas para ajudar a associação deficitária.
E então veio Copa do Mundo daquele ano, e o campeonato foi arrastado pelo ano de 1939. Só em abril foi disputado o jogo decisivo.
Na terça-feira, a partida continuou, do ponto em que havia parado.
Os adversários esperneiam, estridentemente. Acharam que o gol foi feito... com a mão!
"Foi a mais linda cabeçada da minha vida", disse Carlito ao repórter, no final da partida, sendo carregado pela Torcida, que gritava: "É com o pé! É com a mão! O Corinthians é Campeão!", tirando sarro daquele descontrole adversário.
A Torcida havia se apropriado, definitivamente, daquele pensamento de Correcher; "Com razão, sem razão, o Corinthians tem sempre razão".
No fim daquele ano de 1939, no último dia daquele ano, em 31 de dezembro, o Corinthians recebia o Santos no Parque São Jorge, para mais um jogo decisivo. O Corinthians poderia garantir o Tri-Campeonato com duas rodadas de antecedência. E garantiu.
Aplica uma goleada de 4 a 1, numa tarde ensolarada, antes da Fiel Torcida ir fazer Festa e comemorar o ano novo.
Era o terceiro (quarto, pois 1915 vale!) Tri-Campeonato conquistado e, de quebra, uma hegemonia digna de Timão.
A História Continua...
Calmaria
Salve, Nação!
Tô devendo um monte de coisa aqui, né? Peço desculpas, mas acontece que esse blogueiro arrumou um trabalho de verdade (pasmem!) e tá com o tempo escasso.
Ainda nem falei da nossa eliminação precoce no Paulista e da melhor campanha da primeira fase da Libertadores.
A verdade é que a eliminação do Paulista fez muito mais efeito na bicharada do que em nós. Elas ficaram tão felizes com a nossa saída que esqueceram de jogar bola e tomaram um sarrafo da pivetada da baixada.
O que temos que considerar é que, mesmo eliminado, o time havia se acertado no Paulista e só não se classificou por que acordou tarde e também por falta de sorte na combinação de resultados.
Na Libertadores o time vai bem. Sem dar show como Mano já havia dito que seria, mas construindo os resultados e a vantagem para as próximas fases.
Quinta tem o último jogo da primeira fase e domingo um amistoso para a entrega das faixas de campeão carioca ao borafogo, que tem o mesmo patrocinador que o Coringão na camisa.
E eu prometo que pelo menos a partir das oitavas vou estar aqui pra fazer uma análise pré e pós jogo com vocês.
Abraço!
Vai Corinthians!