quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Começou o Mundial. Vamos buscar esse Bi, Corinthians!

Salve, Nação!

O Mundial de Clubes está oficialmente começando no Japão e gostaríamos de fazer um apanhado geral de informações que julgamos ser úteis sobre a competição.

Todos falam apenas em Corinthians e Chelsea, mas vale lembrar que existem mais 5 equipes e como não queremos repetir a façanha dos chorões do Sul é bom conhecer e respeitar os adversários.

Vamos à eles:



Sanfrecce Hiroshima: a academia japonesa

A chegada do Sanfrecce Hiroshima ao Mundial é fruto do bom trabalho feito nas categorias de base. Dos jogadores do elenco que disputarão a competição, dez saíram da academia. O destaque é o atacante Sato, artilheiro da edição 2012 do Campeonato Japonês com 22 gols e eleito o melhor jogador. Na premiação, o treinador Hajime Moriyasu também foi eleito o melhor.

Por causa do bom desempenho com o Sanfrecce, Sato chegou a ser convocado para alguns jogos da seleção e esteve no banco de reservas durante a goleada por 4 a 0 sofrida para o Brasil em outubro. O goleador mostra-se confiante para os primeiros desafios internacionais do clube. Além do Mundial, o Hiroshima disputará a Liga dos Campeões da Ásia em 2013.

O título nacional, que credenciou a equipe à classificação para o Mundial como representante do país anfitrião, foi conquistado com antecedência. Durante a campanha, o Hiroshima golegou duas equipes que já participaram da competição da Fifa: 4 a 1 sobre o Gamba Osaka e 5 a 2 sobre o Kashiwa Reysol. No fim, os campeões ficaram com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado Vengalta Sendai.

Auckland City: experiência em campo

É difícil acreditar que um clube semi-amador fundado em 2004 seja o mais experiente na competição interclubes mais importante do planeta, mas o Auckland City disputará o Mundial de Clubes pela quarta vez. Em todas as participações há duas vitórias, sobre o Al Ahli, dos Emirados Árabes, e sobre o Mazembe, da República Democrática do Congo, ambas na histórica campanha de 2009.

A base é praticamente a mesma que disputou a competição em 2011. Há três espanhóis no elenco, entre eles Manel Exposito, que estreou no Barcelona no mesmo dia em que um argentino chamado Lionel Messi e foi o artilheiro da Liga dos Campeões da Oceania com seis gols. Há jogador com experiência em Copa do Mundo. Capitão do Auckland, Ivan Vicelich jogou o Mundial da África do Sul em 2010.

Al Ahly: tragédia como motivação

Forte candidato a ser o adversário do Corinthians nas semifinais do Mundial, o Al Ahly entra na competição disposto a honrar torcedores que foram vítimas de uma das maiores tragédias da história do futebol. Em fevereiro de 2012, um ataque dos torcedores do Al Masry aos do Al Ahly em Port Said terminou com quase 80 mortos e mais de mil feridos.

Por causa do incidente, o Campeonato Egípcio foi paralizado e ainda não há previsão de retorno. O foco do time ao longo do ano passou a ser apenas a Liga dos Campeões da África e, consequente, a classificação para o Mundial, competição da qual foi terceiro colocado em 2006. Desde o dia 17 de novembro, há apenas um pensamento: a disputa no Japão.

Clube mais tradicional do continente africano, em 2012 o Al Ahly conquistou seu sétimo título da Champions local. A campanha aconteceu sem grandes sustos, com cinco vitórias, três empates e duas derrotas nas fases preliminares. Nas semis, os egípcios passaram pelo Sunshine Stars, da Nigéria com uma vitória e um empate. Na decisão, empate e vitória sobre o Espérance, da Tunísia.

A estrela da equipe é o atacante Aboutrika, que está a dois gols de se tornar o maior artilheiro da versão do Mundial implementada pela Fifa a partir de 2000 e disputada consecutivamente desde 2005. Atualmente, Messi divide a artilharia com o brasileiro Denilson, que disputou a competição com o Pohang Steelers - ambos fizeram quatro gols.

Ulsan Hyundai: o tigre asiático

Apelidado de Tigre, o Ulsan Hyundai passou como um trator pela Liga dos Campeões da Ásia, sendo campeão invicto com 12 vitórias e 27 gols marcados. Nacionalmente, contudo, a equipe não tem tanta sorte. Apesar de ser bicampeão sul-coreano, o clube já foi vice em seis oportunidades desde que começou a disputar a competição em 1984.

O destaque do time é o atacante brasileiro Rafinha. Contratado por empréstimo no meio da temporada, o jogador deu conta do recado e marcou cinco gols na Champions asiática, inclusive um na decisão, apesar de ter começado a jogar no Hyundai apenas a partir das quartas de final. Além do brasuca, há quatro jogadores da seleção sul-coreana: o goleiro Youngkwang, os atacantes Keunho e Shinwook, além do zagueiro e capitão Taehwi.

Monterrey: 'Sede de revanche'

Depois do fiasco no último Mundial, em que foi eliminado nas estreia nas quartas de final pelo Kashiwa Reysol, o Monterrey aposta na experiência adquirida em 2011 para não fazer feio desta vez. A equipe é basicamente a mesma, com o atacante chileno Suazo, artilheiro da Liga dos Campeões da Concacaf com sete gols, sendo a referência no ataque e a esperança de que o time mexicano pode deixar uma imagem melhor.

Na Champions das Américas do Norte e Central, o Monterrey aprendeu a lidar com a pressão. Das quartas até a final, todos os adversários foram mexicanos. No banco de reservas está um especialista em títulos nacionais, o técnico Victor Manuel Vucetich. O comandante já conquistou dez campeonatos locais, sendo três com o Monterrey, além do bi da Liga dos Campeões da Concacaf.

No elenco há outro campeoníssimo. O argentino Neri Cardozo conquistou nove títulos com o Boca Juniors, incluindo a Libertadores de 2007, vencida sobre o Grêmio, e as edições de 2004 e 2005 da Sul-Americana.

Chelsea: um Mundial para se reencontrar

Reconstrução, dúvidas e uma tabu a ser mantido. Se para muitos no Chelsea o Mundial de Clubes era apenas mais uma competição sem importância a ser disputada no Japão até bem pouco tempo, o último mês causou uma reviravolta nos Blues. Com a missão de manter a hegemonia dos europeus, que venceram as últimas cinco edições da competição – o último campeão de outro continente foi o Inter, em 2006 -, o time tem a disputa como teste de fogo para Rafa Benítez, substituto de Roberto Di Matteo, demitido após novembro negro, com apenas uma vitória.

Não que o título da competição organizada pela Fifa vá ser apontado como divisor de águas para o clube de Roman Abramovich. Isso não. Mas o Chelsea desembarca no Japão com a sensação de que voltar para Londres como campeão renovaria automaticamente a motivação e confiança para o desenvolvimento do trabalho do espanhol, enquanto um revés já coloca o recém-contratado em questão, além de poder causar danos irreparáveis para o restante da temporada.

Badalado no início da temporada, o trio formado por Oscar, Hazard e Mata só entrou em campo junto na estreia, 0 a 0 com o Man City, já que o espanhol e o brasileiro alternaram no banco nas partidas seguintes. Outra mudança, essa aparentemente definitiva, foi a entrada de Azpilicueta na lateral-direita, com Ivanovic sendo deslocado para o miolo de zaga, ao lado de David Luiz. Na cabeça de área, mais alteração e dúvida: tanto Mikel quanto Romeu já foram testados, mas não agradaram. Torres, por sua vez, segue intocável, e em jejum.

Mesmo diante de todos os testes, a tendência é que o Chelsea dispute uma provável final do Mundial com a espinha dorsal montada por Di Matteo, principalmente se Terry e Lampard não se recuperarem de lesão. Os preferidos de Rafa Benítez seriam Cech, Azpilicueta, Ivanovic, David Luiz e Ashley Cole; Mikel (Romeu) e Ramires; Oscar, Mata e Hazard; Torres. Na semifinal, são grandes as chances de um time misto ser escalado, até mesmo por conta da viagem de cerca de 14 horas que será feita no domingo, pouco depois do duelo contra o Sunderland, fora de casa.

As bases das equipes participantes:

Conheça a Tabela da competição que pode nos levar ao Bi-Mundial:

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