Pré Jogo - Corinthians X Al Ahly
Ficha Técnica
Data: 12 de Dezembro de 2012
Horário: 08h30 (Horário de Brasília)
Estádio: Toyota Stadium
Cidade: Toyota
Salve, Nação!
Que honra fazer esse pré Jogo depois de tanto tempo!
Não é que eu ache esse Mundial mais importante que um Paulista. Nada disso. Jogo do Corinthians é dia santo sendo amistoso ou final interplanetária.
O fato é que eu não queria fechar esse ano com o blog abandonado e ao mesmo tempo não tinha tempo para escrever em todos os jogos do Brasileirão, então me propus a fazer o que vocês acompanharam: análises periódicas do Brasileirão e uma "cobertura" mais completa do Mundial, então resolvi voltar com os Pré Jogos, que espero poder continuar em todos os jogos no ano que vem.
A competição em si, a viagem do Corinthians, a festa inesquecível da torcida, todos s outros participantes, já foram abordados em outras postagens, então aqui vamos mesmo focar nessa semifinal em especial contra os Egípcios do Al Ahly.
O que eu sei do Al Ahly em se tratando de tática, preparo físico e talentos individuais é o mesmo que você sabe, caso tenha assistido a vitória sobre o Sanfrecce Hiroshima hoje.
É um time rápido a princípio, que toca bem a bola no ataque e chega com ceta facilidade à linha de fundo, considerando a fragilidade da defesa japonesa. Por outro lado, utilizam uma marcação em linha que por muitas vezes foi mal feita hoje. A chamada linha burra.
Se o nosso maestro Douglas fizer uma partida inspirada e Guerrero e Sheik estiverem com o pé na forma, podemos explorar muito essa fragilidade.
Outro ponto fraco dos egípcios é o preparo físico. Antes da metade do segundo tempo alguns já andavam em campo. Outro ponto a ser explorado.
Contamos também com a sorte, pois o melhor jogador e capitão deles, o meia Hossam Ghaly, lesionou o joelho e está fora da competição.
Escalações Prováveis
Apesar de nunca terem se enfrentado, Corinthians e Al Ahly levam à campo bonitas histórias, com bastante coisa em comum.
Ambos são "o time do povo" em seus países, com enormes torcidas, já sofreram com preconceito e golpes da aristocracia, mas por sua vez, exerceram papel de destaque na política de seus países, na busca por liberdade e democracia.
O nosso Corinthians com a "Democracia Corinthiana", mostrou à um país regido por uma ditadura militar que uma gestão baseada em democracia era o melhor caminho.
O modelo de gestão do clube, onde tudo era votado e a escolha do presidente valia tanto quanto a do roupeiro, foi um dos gatilhos para a posterior luta pelas eleições diretas, onde os nossos jogadores também exerceram papel fundamental, participando de manifestações e colaborando com a mobilização da nação.
No Egito, com o surgimento do movimento revolucionário chamado de Primavera Árabe, que se espalhava pelo oriente médio e norte africano, torcedores e jogadores do Al Ahly, levaram o protesto contra a ditadura aos estádios. A mensagem ganhou força, invadiu as ruas e resultou na queda do ditador Hosni Mubarak, que estava no poder há 30 anos.
O governo de transição não trouxe de imediato a paz que se esperava e o ranço que toda ditadura deixa em uma nação, culminou na partida entre Al Ahly e Al Masri, onde com a conivência da polícia e do exército, ligados ao extinto governo ditatorial, os torcedores do time da casa adentraram ao estádio com todo tipo de armas.
Uma invasão de campo massiva, somada ao apagão das luzes do estádio e à vista grossa das autoridades resultou na morte de mais de setenta torcedores do Al Ahly, em uma das maiores tragédias da história do esporte.
Com toda essa carga social e histórica, essa partida, independente do resultado, já é daquelas para estar presente nos futuros almanaques e livros sobre futebol. Vamos torcer para que, dentro de campo, o nosso Coringão imponha o seu jogo, que é de muito mais qualidade e garanta a vaga na final.
VAI CORINTHIANS!!!
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O blog é sobre o Corinthians e eu sou chato pra caralho.