quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pré Jogo: Corinthians X Botafogo

Salve, Nação!

Que sequência, hein? Mais um jogo de seis pontos pro Coringão enfrentar.
Ainda bem que dessa vez é no Paca e a coisa é diferente.

Nosso departamento médico ainda não resolveu colaborar e Chicão, Ralf, Dentinho e Ronaldo continuam fora do time.

Mesmo assim, nenhuma grande novidade. Castán ou T. Heleno na zaga ao lado do capita, Paulinho no meio e o ataque com J. Henrique e Iarley que pra fim já é o ataque titular.

A postura tem que ser a de sempre. Raça sem moderação e toque de bola no meio campo com os volantes aparecendo. Receita infalível de três pontos.

Ficha Técnica:
Data: 29/09/2010 - Quarta-Feira
Horário: 22:00 (Horário de Brasília)
Local: Pacaembu - São Paulo - SP

Escalações Prováveis:




Júlio César;
Alessandro, Leandro Castán, Willian, R. Carlos;
Paulinho, Jucilei, Elias, Bruno César;
Iarley, J. Henrique.

Téc: Adílson Batista






Jéfferson;
Antônio Carlos, Danny Morais, Fábio Ferreira;
Alessandro, L. Guerreiro, Somália, Lúcio Flávio, Marcelo Cordeiro;
Herrera, Loco Abreu.

Téc: Joel Santana


Atletas Suspensos:
Paulo André (Vermelho)

Arbitragem
Principal: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliar 1: Alessandro Alvaro da Rocha de Matos
Auxiliar 2: Erich Bandeira
4º árbitro: Vinicius Furlan

Campanha do Timão:
Colocação: 2º
Jogos: 24
Vitórias: 14
Empates: 5
Derrotas: 5
Aproveitamento: 65,3%

Retrospecto:
95 Jogos, 34 vitórias do Timão, 21 empates e 40 vitórias do adversário. 142 gols a favor do Corinthians e 146 contra.

Transmissão:
Televisão:






Rádio:
Rádio Globo SP
http://globoradio.globo.com/MusicCenter/0,,4222,00.html
Rádio Jovem Pan
http://jovempan.uol.com.br/aovivo/radio
Rádio Bandeirantes
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Rádio Record
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Rádio Transamérica
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Atualizando (Parte 2)

Salve, Nação!

Sem desculpas de falta de tempo hoje. Vamos aos jogos:

Jogo épico na Vila. Depois de todas as polêmicas envolvendo Neymar e a demissão de Dorival Júnior, quem esperava um Santos abatido se assustou logo de cara. Com 1 minuto de jogo estávamos em desvantagem no placar.
Mas eu já tinha falado pra galera que tava junto comigo: "Corinthians hoje vem todo de preto, é tudo nosso."

E novamente o time soube lidar com a adversidade, tocou a bola, esperou o momento certo e minutos depois em grande jogada de Jucilei a bola foi para Iarley, que empatou.

O Timão foi melhor, dominou o meio campo, teve mais posse de bola. Bruno César ainda desperdiçou na cara do goleiro e aos 26 num lance infeliz tomamos o segundo gol.

Nada que desanimasse o Timão, que foi buscar o resultado. Júlio César salvou quando precisava e antes do fim da primeira etapa Bruno César achou Elias na área pra empatar.

No segundo tempo, entraram Leandro Castán, Danilo e Moacir nos lugares de R. Carlos, B. César e Boquita, aumentando a defensividade da equipe. O Santos tentou vir pra cima com a entrada de Alan Patrick, mas de cara, em jogada de bola parada, o Timão confundiu a defesa das sereias e Paulo André marcou de cabeça. Virada do Coringão!
Daí foi só segurar o resultado e sair da vila com os 3 pontos na mala.


**********
Mais um jogo épico, mas dessa vez a sorte não nos sorriu.
O Corinthians jogou de igual pra igual dentro do Beira Rio e teve chances claras de conseguir a vitória.
Porém, duas bolas na trave e a infelicidade de Moacir (mais uma!) em desviar a bola na cobrança de falta no último minuto de jogo, decretaram uma "derrota aceitável" e a perda temporária da liderança.

Mantivemos o jogo equilibrado, mas saímos do primeiro tempo em desvantagem com o gol de Tinga.
Na segunda etapa buscamos o empate por duas vezes e fomos castigados no final. Não tem muito o que falar.

O que fica marcado, apesar da derrota, é a postura do time, que buscou a vitória, fui superior em vários momentos e é superior ao "rival" num campeonato como um todo.

O Beira Rio mais uma vez não meteu medo nos guerreiros, e que seja assim em todo estádio pelo qual passarem, até a 38ª rodada, porque essa sim é que temos que liderar.

Vai Corinthians!



**********

Com isso a classificação do campeonato se encontra assim:
Num próximo post analisaremos as sequências de jogos dos candidatos ao título e como isso poderá influenciar nas suas chances.

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pré Jogo: Neymar F. C. X CORINTHIANS

Salve, Nação!

Mais um dia de pescaria se aproximando e os dois alvinegros paulistas estão sob os holofotes.
Um por ser o líder do campeonato, ter o melhor ataque, melhor meio campo, melhor CT, melhor torcida, melhor elenco, melhor tudo.
O outro por causa de um molequinho mal educado que tá precisando tomar uns puxões de orelha do Cristian pra entrar no eixo.

Com tantos problemas extra campo, fica meio óbvio que o micro time lá da baixada vai querer se reerguer em cima do líder, pois essa seria a forma mais rápida de espantar uma crise.

Só não é a mais fácil.

De novo, vamos jogar contra um time inferior na teoria, mas é fato que quando a teoria entra em conflito com a prática, o que muda é a teoria.
Precisamos do mesmo empenho dos dois últimos jogos. Toque de bola rápido e chegada dos homens do meio campo. Essa é a receita da vitória.

Se vai dar certo, só os 90 minutos dirão.

Vai Corinthians!
Ficha Técnica:
Data: 22/09/2010 - Quarta-Feira
Horário: 21:50 (Horário de Brasília)
Local: Vila Belmiro - Santos - SP

Escalações Prováveis:






Rafael;
Maranhão, Bruno Aguiar, Durval, Pará;
Arouca, Danilo, Alex Sandro, Marquinhos;
Neymar(Madson), Zé Eduardo.

Téc: Dorival Júnior








Júlio César;
Alessandro, Paulo André, Willian, R. Carlos;
Elias, Jucilei, Boquita, Bruno César;
Iarley, J. Henrique.

Téc: Adílson Batista





Atletas Suspensos:
Paulinho (Terceiro amarelo)

Arbitragem
Principal: Carlos Eugenio Simon
Auxiliar 1: Alessandro Alvaro da Rocha de Matos
Auxiliar 2: Carlos Berkenbrock
4º árbitro: Elcio Paschoal Borborema

Campanha do Timão:
Colocação:
Jogos: 22
Vitórias: 13
Empates: 5
Derrotas: 4
Aproveitamento: 66,7%

Retrospecto:
297 Jogos, 120 vitórias do Timão, 83 empates e apenas 94 vitórias das sardinhas. 550 gols a favor do Corinthians e 467 contra.

Transmissão:
Televisão:






Rádio:
Rádio Globo SP
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Rádio Jovem Pan
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Rádio Bandeirantes
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Corinthians X Prudente: Alguém na sua frente?

Salve, Nação!

Demorou um pouco, mas voltamos pro lugar que nos é de direito: a ponta da tabela!
Ou você acha que um time que tem o segundo lugar como pior colocação desde o início da competição merece menos que isso?

Eu não tinha medo dessa partida, mas preguei respeito ao Prudente a semana toda. Felizmente, o grupo entendeu a importância de jogar com vontade e seriedade e foi encontrando os espaços, apesar da forte marcação do adversário.
O primeiro gol veio num erro deles. Elias interceptou um passe no meio e lançou Iarley que carregou e bateu no canto. Um gol pra tirar a tensão.

O segundo tempo foi de domínio total e um passeio do nosso meio campo. Juro que perdi a conta de quantos passes de letra e calcanhar foram trocados.

Aproveitando o domínio, Jorge Henrique e Elias ampliaram o placar e ajudaram a construir o saldo de gols.

Com o empate em Botafogo X Cruzeiro e também no Fla X Flu, o Coringão garantiu a ponta da tabela de maneira isolada e ainda com um jogo a menos.
Agora a disputa está assim:

Veja os melhores momentos da partida:


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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Corinthiarte Centenária - 1918: A Primeira Caravana



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Per Aspera Ad Astra: A história do mais querido do mundo (Parte XXXIV)

O Time do Povo
Por Filipe Martins Gonçalves

Na esteira do Brasileirão conquistado em 1990, da forma mais Corinthiana possível, o Corinthians começava a década em crise financeira, o que de fato nunca foi empecilho nenhum para o Clube do Povo.

Em 1991, com a conquista do SuperCampeonato Brasileiro diante do Flamengo, que havia levado a Copa do Brasil em 90, novamente com gol de Neto, veio a desclassificação na Libertadores. No jogo de volta, um empate diante do Boca Junior, com falhas de Guinei e a velha ajuda do apito quando se deu o jogo de ida, na Argentina. Um mês depois, no tapetão, o Corinthians foi desclassificado injustamente; a CBF entregava a vaga que era do Povo para o Fluminense, mesmo que este não tivesse jogado para fazer valer. De tudo fizeram para barrar aquele time guerreiro e operário, mesmo que em crise. Isso acarretou na queda de Nelsinho. Carlos Alberto Silva comandou três partidas antes de Cilinho assumir o time.

Neste ano ainda, Vicente Matheus não poderia concorrer a mais uma reeleição. Seguiu a idéia de conselheiros, e colocou a esposa na disputa. Assim, Marlene Colla Matheus alçaria a presidência do Corinthians, pela maioria de votos dos associados. Pela primeira vez na história do Futebol brasileiro, uma mulher encabeçaria um Clube. Por mais que a alma presente fosse a de Vicente, Marlene representou de sua forma uma quebra nos paradigmas patronais da bola. Só podia ser no Corinthians.

No segundo semestre daquele ano, antes que fizéssemos a final do Paulista com o São Paulo, que a exemplo do Fluminense era colocado, onde só poderia estar pelas mãos benévolas daqueles que detinham o poder e segundo as suas tabelas mágicas, aconteceu o episódio que simboliza exatamente o que sentia o Corinthiano naquele momento. E começa a história que iria acabar em 1993 da forma mais funesta possível. Mas, aos fatos; Neto estava no auge, já era um eterno xodó da Fiel, mas ele tinha algumas dificuldades com o técnico Cilinho. Quando chegou a tarde de 13 de outubro, o débâcle aconteceu. O árbitro Aparecido, que havia invertido faltas durante a partida, mostrou direto o vermelho, quando o esquentado Neto fez uma falta mais dura. Neto não levou o desaforo para casa, o manteve ali. Cuspiu na cara do Aparecido, que por mais que merecesse, não poderia ter levado. E pagou muito caro por isso. Mas mesmo sem seu Camisa 10, o Corinthians manteve-se invicto até a Final, quando foi derrotado pela madame naquelas raras vezes que isso acontece.

Em 92 a velha Fazendinha é reaberta, e lota na vitória Corinthiana diante do América de Natal por 3 a 0. Mas nesse ano, além do retorno discreto do ídolo Neto, e de Viola, fazendo dois em sua volta, dos primeiros amistosos no Japão, o grande lateral direito Giba se machuca. Mesmo com seus talismãs, Tupãzinho e Wilson Mano, o Corinthians termina em terceiro, mesmo vencendo o vice, o Palmeiras, que já era Parmalat. Com esta parceria, que causou alvoroço no Futebol brasileiro, começa definitivamente a era moderna do nosso Futebol. O capital estrangeiro já não tinha fronteiras. No Brasil, os empresários do Futebol aproveitavam a deixa, e as leis no esporte deveriam começar a mudar. Mas enquanto isso acontecia, o cidadão não se informou, não se instruiu, e aquele processo começava a voltar-se contra a Arquibancada. Passou a contar com os meios de comunicação, e começa então o embrião de uma nova elitização no Futebol.

Em 1993, Alberto Dualib, antigo diretor de Futebol e até então aliado de Vicente, na qualidade de presidente do Conselho, decide não ratificar a candidatura e reeleição de Marlene, e é ele mesmo eleito Presidente do Corinthians. E nesse processo embrionário de altas negociações no Futebol, ele colocou o Corinthians no patamar da sobrevivência a tantos desafios e modernizações. Passou a olhar com mais cuidado para as bases, o que trouxe Zé Elias e Silvinho, num primeiro momento ainda muito incipiente. Trouxe de volta o técnico Nelsinho. E, com Neto, a dupla Paulo Sérgio e Viola alegrava a Família Corinthiana no Pacaembu. Chegamos à Final do Paulista contra a Parmalat. De forma Corinthiana vencemos o primeiro jogo. Mas no segundo jogo, o desespero pelo fim da fila falou mais alto no bolso do estrangeiro. Falávamos do final funesto de Aparecido, ainda em 91, pois foi este o desfecho. Assim como o Fluminense, o São Paulo, e outros, Aparecido foi colocado para apitar aquele último jogo de uma hora para outra. Na verdade, de última hora. Foi um aviso para o próprio Timão do que estaria por vir. E, expulsando peças-chave, e novamente invertendo faltas, como fez em 91, além de fazer vista grossa para as faltas adversárias, que eram piores que as que causaram as expulsões Corinthianas logo nos primeiros minutos de jogo, Aparecido fez seu serviço, tirando leite não de pedra, mas da lavagem...

Para o Rio-S.Paulo daquele ano, Dualib trouxe todo o Carrossel Caipira do Mogi Mirim; Leto, Válber, Admílson e Rivaldo. Novamente, nas Finais, contra o rival de verde e de leite. Mas no primeiro jogo, o grande craque Edmundo fez a diferença. Precisando vencer por dois gols o segundo jogo, o Coringão não saiu do zero a zero. Caía Nelsinho, novamente. E Mário Sérgio Pontes de Paiva é trazido para comandar o Timão.

E mesmo que jogasse o fino do bola, e se mantendo invicto no Brasileiro, sofrendo apenas uma derrota, quem vai à final é justamente o time que o derrotou, na Bahia. Mas o fim do campeonato, apesar de melancólico, demonstrou a Raça Corinthiana, quando no último jogo o grande goleiro Ronaldo foi expulso. Com o lateral esquerdo Elias no gol, e com gols de Rivaldo e Viola, o Corinthians vira sobre o Santos e se despede daquele ano com vitória.

No ano seguinte, a velha reformulação. Mário Sérgio é injustamente mandado embora, e parte do Carrossel Caipira, que havia sido emprestado, é negociado pelos empresários com o capital estrangeiro. Rivaldo permanece, Marques e Silvinho surgem da base, ao mesmo tempo em que Marcelinho é trazido do Flamengo. Após uma dança de técnicos entre Afrânio Riul e Eduardo Amorim, Carlos Alberto Silva volta ao Corinthians. E o Corinthians faz nova excursão pelo Japão, mas não pôde realizar o terceiro jogo, por causa de um ofício da Federação Paulista. Ganhamos a Copa Bandeirantes, que nos credenciava à Copa do Brasil em 95, sobre o Santos, um seis a três mais que histórico, e um empate em um a um. Fomos mal no Paulistão, mas bem no Brasileiro. Mas Rivaldo, que havia sido transferido para o exterior e fora colocado pelo capital estrangeiro no time da Parmalat, resolveu acabar com os dois jogos finais.

E finalmente começou 1995. Depois de duas décadas e meia sem ser campeão, o Coringão fatura a Taça São Paulo, campeonato de juniores que sempre rendeu alegria à Fiel. O Carnaval no começo de ano foi completo, quando os Gaviões da Fiel, e Coisa Boa é Para Sempre, desfilam para serem Campeões do Carnaval. Em maio, nas semifinais da Copa do Brasil, uma goleada acachapante sobre o Vasco, com direito ao centésimo gol de Viola pelo Timão, além da melhor atuação de sua carreira. Um cinco a zero inesquecível. Na Final, dois a um no Pacaembu e aquele gol de Marcelinho no Olímpico. Campeão da Copa do Brasil!

Para nos classificarmos à Final do Paulista, contra o time da Parmalat, precisávamos vencer a Portuguesa e o Santos. E o empate contra a Lusa se desenhava, a classificação estava a cada segundo mais distante, quando Zé Elias sofreu falta aos 44 do segundo tempo. Bernardo cabeceou a bola levantada na área, o Coringão ensacou o Santos num emocionante quatro a dois. Vale lembrar que os Clássicos decisivos passaram a ser realizados no interior, por conta da propagada violência, mas isso nem de longe comprometeu a Festa nas Arquibancadas. Na Final em Ribeirão Preto, dois empates no tempo regulamentar, com gols inesquecíveis de Marcelinho, e na prorrogação o golaço de Elivélton consumava um dos anos mais Corinthianos já vividos. Quem não se lembra?

O ano de 1996 começou em março, um cinco a zero sobre a freguesia, em Ribeirão Preto, que se provava um palco de Festas Corinthianas. Edmundo marcou dois gols neste dia. E conquistamos o Torneio Ramon de Carranza, vencendo o Cádiz e o Bétis na Final. E Dualib sinalizava a primeira parceria do Corinthians com empresa, que consistia em buscar reforços, valorizá-los e vendê-los. O Corinthians entra de cabeça na era moderna do Futebol, e desenha conquistas para os anos seguintes. Edílson chega ao Parque São Jorge, assim como Rincón. Mas o Corinthians foi desclassificado na Copa do Brasil, diante do Remo, e mesmo vencendo o Grêmio no Olímpico, saiu da Libertadores melancolicamente. Antes de encerrar o ano, porém, Neto volta ao Corinthians.

Em 1997, com a parceria, nomes de peso são trazidos. E no Paulistão daquele ano, com muito brilho, vencendo Palmeiras e Santos, e empatando com o São Paulo, levou mais uma vez o caneco. Antes de vir o título, porém, uma semana ficou marcada na história. Antes de fazer o jogo de volta contra o Atlético Paranaense, precisando vencer por mais de dois gols, o Coringão enfrentou o Palmeiras e sapecou um cinco a dois, no sábado. Na quarta, viajou a Curitiba e enfiou seis a dois. Foi a semana de Donizete, Mirandinha e Marcelinho. Mas o Brasileiro foi uma dificuldade, chegamos à última rodada precisando da vitória, diante do Goiás no Serra Dourada, para permanecer na divisão principal. Sapecamos dois a zero e nos livramos do fantasma...

Para 1998 são trazidos mais medalhões. Gamarra, o melhor zagueiro do mundo, que ficaria 724 minutos sem cometer uma falta. Vampeta, um combatente no meio-campo que limpava a jogada e saía para o jogo com facilidade. Ricardinho, um cérebro pensante na armação de jogadas. Com a base revelando Edu e Kleber, o Corinthians montava um Timão que dava show de bola e ao mesmo tempo era raçudo, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Combinação perfeita. Na semifinal do Paulista, contra a Portuguesa, o juiz não anotou o impedimento do jogador lusitano, mas o empate levou o Corinthians à Final. E naquelas raríssimas vezes em que o poste faz xixi no cachorro, fomos vice diante da freguesia preferencial. E com uma campanha quase impecável no Brasileiro, batemos o Cruzeiro em três jogos. Dois empates e uma grandiosa vitória, quando Dinei serviu os companheiros, e da maneira mais Corinthiana conquistamos mais uma vez o Brasil.

O ano de 1999 começou com os Gaviões Campeões no Carnaval, e com mais uma daquelas parcerias. A Traffic, principal expoente do que gerou aquele processo anteriormente mencionado, intermediou o acordo entre o Corinthians e a HMTF, grupo de investidores que estavam pela América Latina. A base do Timão conquistava mais uma Taça São Paulo de juniores, e o Coringão viveria fortes emoções. Na Libertadores, o duelo com o rival de verde fez a cidade parar. Primeiro jogo, vitória do rival por dois a zero, placar devolvido no segundo jogo. E a sorte pendeu para o inimigo, quando Dinei chutou na trave, e Vampeta foi parado por Marcos; 3 a 4 nos pênaltis... Mas como Galo de Briga tem que começar cantando em casa, ainda naquele mês de maio enfiamos cinco a um no Santos. Depois, na semifinal do Paulista, quatro a zero no São Paulo. E no primeiro jogo da Final, três a zero no Palmeiras. No segundo jogo, precisando vencer por muitos gols, o rival viu o Corinthians empatar a partida, pelos pés de Edílson. Eis que o Capeta resolve fazer deliciosas embaixadinhas, e mostrar que aqui quem manda é o Corinthians... Quem não se lembra disso tudo?

E no Brasileirão daquele ano, colocamos a madame no chinelo. Chegávamos à semifinal contra elas, sob o comando de Oswaldo de Oliveira. Tinham colocado até o irmão caçula do Doutor, que havia conseguido uma das raras derrotas do Corinthians em jogos decisivos contra esta instituição, que mencionamos anteriormente. E o Corinthians confirma a supremacia sobre esta freguesia, fazendo três a dois no começo do segundo tempo. Eis que madame é agraciada com dois pênaltis, e poderia ter até virado jogo, não fosse o Corinthians que estivesse ali. Mas Dida defendeu as duas. Quem não se lembra? No segundo jogo, Edílson dá show e descontrola a freguesia, que fica com o espinho atravessado na garganta.

E liderando o campeonato de ponta a ponta pelo segundo ano consecutivo, o Coringão chega à Final contra o Atlético Mineiro. No primeiro jogo, Guilherme marca três gols no primeiro tempo. Mas Vampeta acha um golzinho antes do intervalo, e Luizão deixa o dele. Resultado ótimo, até porque eram três jogos, e a vantagem era nossa. No segundo jogo Luizão faz dois, um em cada tempo, garante de vez a vantagem, e numa quarta-feira à noite o Coringão empata sem gols, sagrando-se Bi-Campeão Brasileiro, com uma regularidade fantástica.

Eis que a FIFA resolve arrumar essa coisa de jogo intercontinental valer título de campeão do mundo e realiza, no Brasil, o Primeiro Campeonato Mundial FIFA. E como acontecerá em todas as competições da FIFA, o país-sede recebe uma vaga. Toda a organização se deu com o decorrer do ano de 1999, de forma que o representante sul-americano seria o Campeão de 1998, no caso o Vasco, o representante europeu seria o Real Madrid, que vencera o Vasco em um desses jogos que se fazia, neste mesmo ano. E todos os participantes eram campeões de seus terreiros. Mas o Galo de Briga da Várzea que é o Corinthians era Bi-Campeão Brasileiro. O país-sede, no caso, era o terreiro do Coringão. E com essa humilde vaguinha, e com um Timão que jogava muita bola, mesmo sem ter tido férias, enfiando bola debaixo da perna de gringo, o Coringão chegou ao Maior do Mundo nos braços de vinte e cinco mil Corinthianos, naquelas Arquibancadas sagradas. Mais uma Invasão Corinthiana, mas só porque só deram vinte e cinco. Tivessem dado quarenta, tinha quarenta mil. E foi ali que o CORINTHIANS veio a ser Campeão do Mundo...

A História continua...

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pré Jogo: Corinthians X Grêmio Prudente

Salve, Nação!

Quem vence o líder fora vence o lanterna em casa sem esforço, né?
NÃO!

Amanhã é dia de jogar com a faca entre os dentes e com sangue nos olhos pra garantir esses três pontos e botar pressão no tricolor do Rio que tem nada menos que um Fla Flu pela frente.

Os desfalques são muitos, mas as peças de reposição são boas e se a vontade demonstrada quarta se repetir a vitória vem naturalmente.

Conversamos mais depois de jogo. Fique com as informações da partida:

Ficha Técnica:
Data: 18/09/2010 - Sábado
Horário: 18:30 (Horário de Brasília)
Local: Pacaembu - São Paulo - SP

Escalações Prováveis:




Júlio César;
Alessandro, Paulo André, Leandro Castán, R. Carlos;
Paulinho, Elias, Boquita, Bruno César;
Iarley, J. Henrique.

Téc: Adílson Batista






Giovanni;
Bruno Ribeiro, Anderson Luis, Diego Giaretta, Cleidson;
João Vitor, Roberto, Rodrigo Mancha, Fabiano Gadelha;
Henrique Dias, Hugo.

Téc: Marcelo Rospide


Atletas Suspensos:
Willian e Jucilei (Terceiro amarelo)

Arbitragem
Principal: Salvio Spinola
Auxiliar 1: Marcelo Carvalho Van Gasse
Auxiliar 2: Vicente Romano Neto
4º árbitro: Rodrigo Ferreira do Amaral


Campanha do Timão:
Colocação:
Jogos: 21
Vitórias: 12
Empates: 5
Derrotas: 4
Aproveitamento: 65,1%

Retrospecto:
(Incluindo jogos com o Barueri)
9 Jogos, 3 vitórias do Timão, 5 empates e 1 derrota. 14 gols a favor do Corinthians e 11 contra.


Transmissão:
Televisão:






Rádio:
Rádio Globo SP
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Rádio Jovem Pan
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Rádio Bandeirantes
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Fluminense X Corinthians: Com cara de campeão...

Salve, Nação!

Escrevendo a análise aqui quase na hora de mandar outro pós jogo. Mas Brasileirão é assim mesmo, correria para as equipes e para os blogueiros.

Finalmente o Coringão conseguiu conquistar os três pontos como visitante. Isso é, de acordo com a tabela, porque pra mim o Engenhão foi neutro e os Corinthianos que lá estiveram meteram, de novo, a torcidinha do Flu no bolso.

Até fiquei assustado com o domínio dos cariocas nos primeiros 20 minutos, mas depois o nosso jogo foi aparecendo, nosso meio campo se acertando e o gol foi questão de tempo. No final do primeiro tempo Jucilei recebeu passe de Elias, matou no peito e mandou pra rede.

O pseudo líder até tentou uma reação no segundo tempo tirando um zagueiro e botando um atacante, mas o Timão seguiu melhor em contra ataque de Elias e Alessandro, Iarley apareceu na área e fez o segundo.

Com esse resultado já seríamos líderes, mas uma pane da defesa permitiu o gol do Washington que nos mantém em segundo por um gol de saldo, mas com um jogo a menos.

Agora pegamos o Prudente em casa e eles enfrentam um Fla Flu. Rodada perfeita para assumirmos a liderança. Claro que precisamos da mesma vontade nessa próxima partida, porque, como eu não canso de dizer, todo jogo vale 3 pontos, todo jogo é uma final e é assim que vamos pro penta.

Vai Corinthians!




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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pré Jogo: Fluminense X Corinthians


Salve, Nação!

Pra quem acha que vou fazer um megapost por se tratar do tão esperado duelos dos líderes já vou avisando que esse jogo pra mim é tão importante quanto os outros 37.

É preciso conquistar os pontos fora como sempre. Sabemos que é "jogo de 6 pontos", mas não vai decidir nada. Tem muito campeonato pela frente e um resultado adverso não será o fim do mundo.

Quanto aos times, acho que o Fluminense perde mais que o Corinthians com os desfalques.

Desconsidero as ausências de Fred e Ronaldo (pode xingar!) por serem jogadores que já não vinham atuando e por isso não são responsáveis pelo bom momento das equipes.

Jorge Henrique e Iarley já demonstraram entrosamento e eficiência e por isso as meninas do Rio vão sofrer mais com a ausência do atacante Émerson do que nós com a de Dentinho.

Chicão segue fora, Alessandro volta e Ralf é dúvida, mas está liberado. Não acredito que Adílson entre com Souza mesmo tendo treinado essa opção no meio de semana.

O jogo será transmitido pela Band para todo o Brasil e pela Globo para a maioria dos estados. Não perca!

Vai Corinthians!

Ficha Técnica:
Data: 15/09/2010 - Quarta Feira
Horário: 22:00 (Horário de Brasília)
Local: Engenhão - Rio de Janeiro - RJ

Escalações Prováveis:



Fernando Henrique;
Gum, Leandro Euzébio, André Luis;
Mariano, Valencia, Fernando Bob, Deco, Conca, Julio César;
Washington.

Téc: Muricy Ramalho





Júlio César;
Alessandro, Paulo André, Willian, R. Carlos;
Ralf, Jucilei, Elias, Bruno César;
Jorge Henrique, Iarley.

Téc: Adílson Batista


Atletas Suspensos:
Nenhum

Arbitragem
Principal: Carlos Eugenio Simon
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: Alessandro Alvaro Rocha de Matos
4º árbitro: João Batista de Arruda


Campanha do Timão:
Colocação:
Jogos: 20
Vitórias: 11
Empates: 5
Derrotas: 4
Aproveitamento: 63,3%

Retrospecto:
88 Jogos, 31 vitórias do Timão, 25 empates e 32 vitórias do time baiano. 122 gols a favor do Corinthians e 122 para o Fluminense.


Transmissão:
Televisão:






Rádio:
Rádio Globo SP
http://globoradio.globo.com/MusicCenter/0,,4222,00.html
Rádio Jovem Pan
http://jovempan.uol.com.br/aovivo/radio
Rádio Bandeirantes
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Rádio Record
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Rádio Transamérica
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domingo, 12 de setembro de 2010

Atualizando

Salve, Nação!

Tô devendo aqui, né?
É que passei um feriado mais que prolongado com a família e aproveitei pra tirar férias do computador.
Mas não do Corinthians.
Acompanhei os três últimos jogos e vou tentar resumir aqui o que pude observar e com a ajuda de vocês definir o que falta e quais as nossas chances na competição.

A vida do Corinthians pós-centenário começou com um misto daquilo que a Fiel aprendeu a apreciar durante os 100 primeiros anos de história: sofrimento e festa. Depois de um susto com um golaço do veterano Júnior no início do jogo, o Timão mostrou sua força no Pacaembu e virou o placar para 5 a 1 diante do lanterna Goiás, nesta noite de sábado, no Pacaembu. Bruno César, Iarley (dois), Jorge Henrique e Marcão (contra) fizeram os gols. Foi uma exibição de gala com direito a "parabéns para você" da torcida. Com dez vitórias e 100% de aproveitamento em casa, o Alvinegro grudou no Fluminense na briga pela liderança do Campeonato Brasileiro.

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Na volta de Ronaldo, quem chamou a atenção foi a arbitragem. Com uma atuação polêmica do juiz Jailson Macedo Freitas (BA), Atlético-PR e Corinthians empataram por 1 a 1, na Arena da Baixada, pela primeira rodada do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Os dois gols saíram em cobranças de pênaltis. Ronaldo converteu a polêmica marcação no primeiro tempo após toque no braço de Wagner Diniz e Bruno Mineiro igualou depois de uma clara simulação do mesmo lateral-direito na área na etapa complementar.

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Jogo atípico no Paca. Com mais posse de bola, um pênalti desperdiçado e um homem a mais desde os 12 do segundo tempo, o Coringão perdeu a primeira em casa no campeonato para o único time que havíamos vencido jogando fora e que por sua vez não havia vencido nenhuma como visitante em toda a competição. Como se não bastasse sofremos um golaço do ex Corinthiano Douglas que nem comemorou em "respeito" ao Corinthians.

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Corinthiarte Centenária - 1917: O Mutirão da Ponte Grande



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Per Aspera Ad Astra: A história do mais querido do mundo (Parte XXXIII)

O Time do Povo
Por Filipe Martins Gonçalves

O Bi-Campeonato da Democracia Corinthiana veio em 14 de dezembro de 1983, com golaço do Doutor, e um empate. Sobre nossos maiores fregueses, sacramentando uma das grandes freguesias do Futebol brasileiro.
O Povão Unido, Democrático e Corinthianíssimo, derrotava a associação que queria ser o que é o Clube do Povo, mas nunca será. A associação que simboliza tudo o que o Coringão nunca precisou ser, para ser o que é; o Clube do Povo. Não o Clube para o Povo, pois isso é decorrência de sua própria História, mas o Clube feito do Povo para o Povo, o que significa muito mais.
Talvez por isso tudo a campanha contra a Democracia tenha sido muito mais acirrada, por meio da imprensa e do próprio status quo. Derrotada a associação do status quo seguidamente, os detratores tiraram as asinhas para fora, e começaram a difamar a Democracia Corinthiana...

No ano seguinte, disputando o Campeonato Brasileiro, no meio do tumulto pelas Diretas Já, cujo único Clube a defendê-la em campo foi justamente o Nosso Coringão, essa campanha contra a Democracia se tornava maciça.
E nisto tudo, a derrota nas semifinais, para o Fluminense de Parreira, mesmo após uma sensacional virada contra o Flamengo nas quartas, e a derrota da Emenda Dante de Oliveira no Congresso Nacional (assim se denominava a Diretas Já) apressaram a saída do Doutor, que havia dito que se passasse a emenda permaneceria no Brasil. Mas não. Muitas propostas ele havia recusado, enquanto praticava a Democracia Corinthiana. E agora já não havia clima, e ele cumpriu seu 'combinado'. Foi para a Italia...

A Democracia Corinthiana vivia em meio a ataques externos, e também dentro de uma contradição interna. Elevar o operário do Futebol - o próprio jogador - a uma experiência revolucionária e autogestionária se contrastava com o que queria o Diretor Adilson Monteiro Alves, que era modernizar o Futebol. A Democracia foi, portanto, um dos grandes passos para a criação, no Brasil, do Clube-Empresa. Contraditoriamente ao que buscavam os jogadores, como o próprio Doutor.
José Paulo Florenzano, na obra citada no Capítulo anterior, no Epílogo desta obra, assim encerra sua tese:

"(...) vista da perspectiva dos valores democráticos, a bagagem cultural adquire densidade histórica, revela-se plena de significados e demonstra que o legado que ela carrega não se desmancha nos ares da globalização. Do que se trata? Da carta de fundação da República do Futebol, cujos princípios podem ser assim enunciados: reconciliar o corpo e a alma, religar o atleta ao cidadão, estabelecer o elo entre o autogoverno coletivo da equipe e a existência autônoma de cada jogador. Eis, por certo, o bem mais precioso que podemos encontrar na bagagem culturak legada pela Democracia Corinthiana: o de reunir a dimensão estética do Futebol-Arte à dimensão ética do Futebol como prática de liberdade".

Aos poucos, e ao longo do tempo, o esforço por diminuir e encerrar essa prática de liberdade foi levado à cabo, e com as novas leis promulgadas no Futebol, e a ausência de vontade de liberdade dos próprios jogadores de modo geral, fizeram o Futebol voltar a estar sob domínio dos patrões, encerrando o sonho da liberdade autogestionária no Futebol.

E o Coringão reformulava-se. Depois de perder a última partida do Paulistão, em 2 de dezembro, para Serginho Chulapa (que viria ao Corinthians depois disso) aos 27 minutos do segundo tempo, para o ano seguinte, com o montante lucrado com a venda do Doutor, formou-se uma verdadeira Seleção.
Que fracassou em campo, neste ano de 1985, por problemas não de Futebol, mas por disputas internas entre os jogadores. Já não se entendia os valores Democráticos, e assim o Coringão voltou a olhar para sua Categoria de Base (a que mais gera valores no Futebol brasileiro, até hoje) e a apostar em jogadores bons, mas baratos.

Márcio Bittencourt, o valoroso Marcião da Fiel, é exemplo da base. E Wilson Mano, o grande 12º Titular, o coringa de todas as horas, é exemplo de jogador barato. Ambos fizeram história nesta época que contaremos agora. Passou, portanto, 85. Passou também 86, com resultado ruim para o Corinthians, mas satisfatório, uma vez que o rival de verde caiu diante do campeão interiorano naquele ano.

E chegamos a 1987. O Coringão ia bem mal. No primeiro turno figurava em penúltimo na tabela. E a imprensa detratora, como sempre, tentava levar a piada aos leitores e ouvintes. A tabela foi até invertida, em um jornal, para que o penúltimo pudesse se ver "no topo", como se isso importasse a quem quer apenas o Corinthians...
E isso aconteceu no segundo turno. O gato preto cruzou o campo do Pacaembu, e o Coringão voltou a vencer, e foi o maior pontuador, além de ver Edmar, do Coringão, se sagrar artilheiro. E na Final, a moedinha caiu em pé, numa daquelas raríssimas vezes em que a associação do poder público corrompido conseguiu algum triunfo decisivo. Mas a lição aos detratores estava novamente dada. Com o Coringão, a Grande Fênix que sempre renasce, não se brinca nunca!

Em 1988, o Timão vinha embalado, mesmo com essa derrota revestida de glórias.
Um grande arqueiro chegava das categorias de base. E impedindo justamente essa associação de converter um penalti.
Ronaldo Soares Giovanelli ouvia os locutores, pela primeira de muitas vezes, gritarem o famoso "defendeu Ronaldo". Nesse jogo contra a associação das madames, o Coringão rumava para a decisão, depois de uma ajuda do próprio rival de verde, que foi ironicamente saudado nas Arquibancadas Alvinegras.
Que aconteceu em Campinas, contra o timaço que ainda tinha o bugre campineiro. Tanto que só se falava do bugre, na imprensa, naquele mês de julho.
Na primeira final, José Ferreira Neto marcou o gol de empate do bugre. Golaço, de bicicleta...
Ao Coringão só interessava a vitória. E o técnico Jair Pereira tentou algo inusitado, com a cara e a coragem, pois Edmar, seu centroavante artilheiro, estava fora.
Foi buscar um moleque de 19 anos da nossa grandiosa Base Corinthiana.
Dela, já tínhamos Paulo Sérgio Silvestre do Nascimento, o meia-atacante. Quem chegava era outro Paulo Sérgio.
E foi na prorrogação, no Brinco de Ouro, que o Campeão dos Centenários faturou mais um título em ano de Centenário. Dessa vez, o Centenário da Abolição da Escravatura no Brasil.
Viola, o Terror, aproveitou o chute de Wilson Mano para jogar a canela esquerda na bola e desviá-la para o gol.
Corinthians Campeão Paulista, pela 20ª vez.

Todos desta geração, a exemplo do gol de Basílio em 1977, repetimos o gol de Viola nesta Final, pelo menos uma vez na vida...
Coisas que só o Corinthians faz.

No ano de 1989 tivemos a contratação de José Ferreira Neto, que jogava no time verde comandado por Leão, e eles não se "bicavam". Numa troca ousada do presidente Matheus, que havia retornado ao Clube ainda em 87, substituindo Roberto Pasqua, que havia comandado o Clube entre 85 e 87, Neto surgia no seu Timão do Coração, para ser ídolo. Não naquele ano, mas em 1990.
E deste ano pouco podemos falar além do que o leitor se lembra.
Surgia no Coringão, também, Pedro Francisco Garcia, o Tupãzinho. E Claudinei Alexandre Pires, o Dinei, que descia as Arquibancadas e trocava sua farda de Gavião pelo Manto de jogador do Clube do Povo.

E a Festa começou com a virada, em 24 de novembro, sobre o galo mineiro no Templo Sagrado do Pacaembu.
Dois gols de Neto no segundo tempo... Quem não se lembra?
Na semifinal, contra o Bahia, mais uma virada. Com gol de Neto, fazendo a Fiel Torcida abalar as estruturas do Templo! Quem não se lembra??
Nas duas decisões o Coringão segurou o zero a zero na casa do adversário. E foi para a final, justamente contra a maior freguesia.

No primeiro jogo, Wilson Mano fez o seu e assegurou a apertada vitória sobre a associação das madames. E no segundo jogo Tupãzinho, a exemplo do próprio Viola em 88, fazia um gol Corinthianíssimo, disputado, chorado, sangrado, suado - quem não se lembra???

O Coringão sagrava-se Campeão Brasileiro, com a cara e a coragem!
Um time desacreditado propositadamente pelos detratores, mas que viu sua Fiel Torcida acompanhá-lo com a devoção que o Clube do Povo merece e sempre tem.
Mais um título com a cara do Corinthians, conquistado como prova de carinho ao seu Povo.
VIVA O CORINTHIANS!

A História Continua...

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um Mundo Em Preto e Branco

A homenagem de um paulistano ao centenário do Corinthians

Na tarde de 9 de outubro de 1977, tudo no mundo parecia girar em torno do Corinthians. Até meu irmão vira-casaca, que hoje veste camisa do Santos, naquele dia era corintiano. Por volta de meio-dia, enquanto eu esperava a família para um almoço, ouvia os fogos explodirem por toda a cidade. Como o jogo seria só às 4 da tarde, minha cabeça ingênua de garoto, 8 anos recém-completados, teve certeza: naquele dia, todas as pessoas torciam pelo Corinthians.

Em minha vida, o futebol não nasceu assim. Eu já freqüentava estádios desde março de 1975, mês em que meu avô luso levou-me ao Canindé para um Portuguesa 2 x 1 Juventus.
Mas outubro de 1977 serviu para entender um pouco do Corinthians, um pouco da alma do Brasil, ou pelo menos da cidade de São Paulo.

Em 21 de setembro, o Corinthians perdeu para o Guarani no Pacaembu por 1 x 0, resultado que o obrigava a vencer os três adversários seguintes para chegar à final contra a Ponte. Ganhou do Botafogo, em Ribeirão, da Portuguesa, no Morumbi e, no primeiro domingo de outubro, dia 2, tinha de vencer o São Paulo. O rádio e os rojões me contaram a vitória por 2 x 1, gols de Geraldão e Romeu.

Na quinta-feira, dia 5, o Corinthians venceu a Ponte Preta por 1 x 0, gol marcado pelo nariz de Palhinha. Faltava vencer o segundo jogo contra a Ponte Preta para ser campeão depois de 23 anos. Seria naquela tarde de 9 de outubro, que terminou fúnebre.

Ao entardecer, a cidade emudeceu. Minha casa repleta de palmeirenses, são-paulinos e santistas era respeitosa, o que aumentou a certeza em minha cabeça de menino: todos torciam mesmo pelo Corinthians.

Na quinta-feira seguinte, só me lembro da casa vazia. Não havia um tio são-paulino, nem outro palmeirense, meu avô luso estava longe. Nem meu pai santista lembro de ter visto naquela noite.

Lembro dos fogos de artifício. Da bola saindo do pé de Zé Maria, desviada por Basílio, do chute de Vaguinho na trave, do rebote de Wladimir, da bola salva em cima da linha, de Basílio estufando a rede. Lembro de correr para a varanda e ouvir o barulho da cidade onde nasci. A cidade era Corinthians.

No réveillon-corintiano, à meia-noite de 1º de setembro de 2010, o barulho da cidade era o mesmo. Minha filha acordou assustada. Ouvia os fogos, a festa, o povo. Havia 110 mil pessoas no Anhangabaú e não era dia de jogo. Quem estava em São Paulo à meia-noite ouviu rojões em todos os cantos. Há depoimentos na Mooca, Perdizes, Lapa, Pirituba, em Itaquera. Em todos os cantos, quem estava em São Paulo teve a mesma certeza daquele garoto de 8 anos. Nessas horas, ninguém é contra o Corinthians.

Paulo Vinícius Coelho

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Uma História Centenária: Corinthians, Por Que Te Amo?

Salve, Nação Centenária!

Depois de tanta preparação, tanta expectativa, tanto sofrimento chegou o dia.
Hoje o Sport Club Corinthians Paulista completa 100 anos de existência.

Apesar do título, não vou tentar explicar profundamente aqui o sentimento que move mais de 30 milhões de pessoas mundo afora. Quanto a isso prevalece aquela velha máxima: "Se você é Corinthians eu não preciso te explicar, se você não é, nunca entenderá."

O Corinthians, 100 anos atrás, já nascia amado pelos cinco fundadores como um filho é amado por um pai. O que ninguém, nem no sonho mais otimista, poderia imaginar é que sob a luz daquele lampião, aflorava mais do que um time de futebol para integrar os operários paulistanos, como queriam Antônio Pereira, Joaquim Ambrósio, Anselmo Correia, Carlos da Silva e Raphael Perrone.

Ali começava uma mobilização popular de proporção imensurável. Começava a luta do povo contra a opressão da burguesia. Começava a desforra do empregado sobre o patrão. Começava um sentimento capaz de levar as classes mais pobres a construírem um patrimônio comum, de maneira honesta, mesmo que a duras penas.

Sentimento tão forte que três anos depois colocava o "Galo da Várzea" entre os times profissionais da elite e que um ano mais tarde o levava ao seu primeiro título paulista.

Tão forte que não desanimou quando teve a vaga no Paulista furtada pela aristocracia medrosa em 1915, pois voltou forte e foi, de novo, campeão em 1916.

Tão forte que não se abateu quando castigado por 23 anos sem títulos expressivos, pois a vitória em 77 depois de um crescimento vertiginoso da torcida fez explodir o Brasil de alegria alvinegra.

Tão forte que foi responsável pelo maior deslocamento de massa em tempos de paz da história da humanidade quando transformamos a Dutra na Avenida Corinthians em 1976.

Tão forte que entre 1982 e 1984 instituiu uma democracia plenamente igualitária num país regido pela ditadura militar.

Tão forte que levou o Todo Poderoso ao topo do Brasil quando comemorava seus 80 anos e ao topo do mundo 10 anos mais tarde.

Tão forte que não abandonou o Coringão nem no capítulo mais triste dessa história quando, por uma sucessão de erros, fomos levados à série B, lugar que não nos pertencia, mas do qual saímos com honra e humildade para um ano mais tarde levantar dois canecos com o maior centroavante de todos os tempos entre os nossos guerreiros.

Tão forte que 100 anos depois estamos nós aqui, em um mundo totalmente diferente daquele do ano do cometa, mas ainda mantendo os mesmos ideais dos cinco fundadores, do primeiro presidente e de todo o povo humilde que levou o Coringão a ser o gigante que é.

"O Corinthians é o time do povo, e é o povo que vai fazer o time." (Miguel Bataglia)

Nossa história centenária foi forjada no sofrimento. Nada foi fácil para o Corinthians, porque também não é para o povo que o construiu.

Tanta luta, tanto sofrimento é o que torna nossas vitórias tão grandiosas. É o que causa tanto repúdio nos nossos rivais, porque nesse país, historicamente, sempre se tentou diminuir as grandes conquistas populares.

A luta constante e as glórias alcançadas com humildade e trabalho árduo sempre foram o maior motivo de orgulho de todos os "habitantes" dessa nação chamada República Popular do Corinthians. Nação que agora tem documentos oficiais, moeda, embaixada e que logo terá seu próprio território, carinhosamente chamado de Fielzão.

Nesse primeiro de setembro de 2010, mais do que nunca, orgulhe-se de ser Corinthiano! Se alegre por fazer parte de uma das histórias mais bonitas já vistas pela humanidade e ainda mais por vivenciar um capítulo tão importante dela.
O Corinthians, "Manifestação palpável do anseio popular por emancipação" como disse Lourenço Diaféria, é meu, é seu, é de toda pessoa que acorda de manhã e acredita que hoje será melhor que ontem, mesmo com todas as dificuldades.

Vista seu manto, solte um rojão, coloque um sorriso no rosto e mostre ao mundo o seu orgulho de ser Corinthiano. Depois de tantos tropeços, tanta dificuldade, tantas conquistas, tanta alegria.
Depois de 100 anos, hoje, mais do que nunca, é dia do CORINTHIANS!

MINHA VIDA, MINHA HISTÓRIA, MEU AMOR.


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