terça-feira, 30 de novembro de 2010

O futebol e a condição humana

Salve, Nação!

Por mais uma semana o assunto do Campeonato Brasileiro não é futebol. Em todos os programas esportivos só se fala em entrega de partidas e mala branca e quase sempre a culpa é atribuída ao sistema de pontos corridos no qual o Brasileirão é disputado desde 2003.

Eu discordo!

Veja você que o objetivo inicial de um campeonato de pontos corridos, que é adotado em 90% dos países, é promover igualdade de condições à todas as equipes que disputam o título, por oferecer a mesma quantidade de partidas além da chance de enfrentar o adversário dentro e fora dos seus domínios.

Há também a busca da garantia de que a melhor equipe de fato fique com o título, evitando uma possível injustiça que uma zebra em um jogo isolado possa causar. Afinal, seria uma impossibilidade estatística que um time não merecedor se mantivesse na ponta da tabela após 38 partidas.

Teoria bonita, não é mesmo? Sim, assim como os ensinamentos bíblicos, o Comunismo de Karl Marx e o Socialismo Utópico de Fourier, Simon e Owen.

O que poderia dar errado em se tratando de compartilhar com igualdade, trabalhar pelo bem comum, governar pelo povo, respeitar a democracia, e no nosso caso específico, manter o mínimo de ética desportiva?

São todas grandes ideias, mas esbarram em uma única falha que faz cair por terra toda a praticabilidade desses conceitos:

A ideia utópica de que o ser humano pode ser plenamente honesto, decente e ético.
E não é uma visão pessimista, é mais uma constatação.

Vou me ater ao futebol agora.

O que dizer de times que colocam a rivalidade regional acima dos mais básicos valores inerentes à prática esportiva, como a busca pela vitória em qualquer situação?

O que dizer de torcidas que comemoram gols do adversário e ainda agridem um jogador de sua equipe por tentar fazer o trabalho pelo qual é pago?

Como se não bastasse a deficiência quantitativa em conteúdo humano vista em tais torcidas, agora vemos uma gritante deficiência qualitativa tentando sobrepujar todo o romantismo e beleza do nosso amado futebol.

Mas não conseguirão! Pelo menos no que diz respeito a nós, a torcida mais apaixonada do mundo.

Eu tenho muito orgulho de NUNCA ter torcido contra o meu Coringão e nem a favor de rival nenhum e tenho certeza que você compartilha o mesmo sentimento. Prefiro ser um vice-campeão de cabeça erguida!

Outra coisa que o futebol ensina a todo Corinthiano é que enquanto houver uma possibilidade, mesmo que remota, de sucesso, a esperança deve ser mantida, até porque, as coisas nunca foram fáceis para o Corinthians.

E mesmo que se concretize uma decepção, não buscaremos culpados do lado de fora e nem elaboraremos teorias conspiratórias. Aprenderemos com a derrota e manteremos nosso orgulho, pois ainda nos restará a alegria maior de todas, aquela que somente nós entendemos...

A alegria de ser Corinthians!

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O blog é sobre o Corinthians e eu sou chato pra caralho.