segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Manto e o Distintivo Sagrado


Utopia.
Esta palavra, plena de significados românticos hoje em dia, e é com todo o romantismo que ela carrega que a empregamos aqui agora, é uma palavra derivada da língua grega antiga.
Chegou a nós através da conjunção ουτοπος, Ou-topos. Em grego, esse “ou” significa “não”. E “topos” significa lugar.
Utopia, em seu sentido original é o ‘não-lugar’, portanto.

Quando o Corinthians surgiu, ele não tinha lugar para existir, a não ser na cabeça e no espírito daqueles bravos Primeiros Corinthianos.
Quando o Corinthians surgiu, era apenas uma idéia viva, sem lugar para existir, a não ser nos Corações daqueles primeiros guerreiros.
O Corinthians precisou batalhar por seu lugar na Terra.

Foi com a cara e a coragem daqueles Primeiros Corinthianos que a Idéia Viva, que era uma Utopia e não tinha lugar nesse mundo, se concretizou.
E não foi por acaso que isso aconteceu.
O Corinthians é o maior movimento social que a humanidade já concretizou, e por isso mesmo é a grande Utopia que a humanidade viu acontecer.
A Idéia Viva tinha a intenção de subverter a ordem. A própria Várzea foi parte dessa subversão. O que o Corinthians fez de novo e definitivo foi colocar o Povo de volta ao Futebol. O Corinthians devolveu o Futebol ao Povo.
Afinal, a tal ordem estabelecida era de que o Futebol era mero passatempo de quem engomava o cabelinho e passava perfume para aparecer diante das dondocas do Velódromo, que tomavam chazinho enquanto a bola era desfeita em campo pelos pezinhos aristocratas.

O Futebol de verdade estava na Várzea, Glorioso Berço, e foi dali que veio o Clube do Povo.
A subversão da Utopia foi colocar a Várzea no campo dos engomadinhos perfumados, quebrando a lógica perversa do quem-pode-pode, quem-não-pode-se-sacode.
Com o Corinthians, o Povo teve vez no Futebol.

O que mais representa essa utopia concretizada daquele bando de loucos, é o próprio Manto Sagrado.
A Camisa do Corinthians guarda toda a simbologia do Clube do Povo, toda a carga da subversão, expressa toda a justiça que o Povo fez no Futebol através de seu Clube, surgido do coração e da idéia sem lugar para existir.

Pois a idéia sem lugar para existir tomou corpo na própria Camisa do Corinthians.

De forma que, de setembro de 1910 a março de 1913, o Corinthians entrava em campos varzeanos apenas com sua camisa.
E o Manto Sagrado nessa época era apenas uma camisa.
Sem emblema nenhum. Apenas uma camisa.

Quando a camisa era apenas uma camisa, o que deixava claro que ali jogava o Corinthians era a multidão em volta do campo.
Pois essa multidão, a Fiel Torcida, foi o que fez acontecer e o que fez o Corinthians seguir na luta, matando um dragão por dia.
A Camisa, segundo a Lenda e os documentos fotográficos, era de cor bege, com golas e punhos pretos.
Segundo uma versão da Lenda, era bege por causa da estopa de saco de batata, que os espanhóis do Brás doaram para as Lavadeiras da Várzea do Carmo costurar. Os calções eram brancos, de saco de farinha. Tudo costurado pelas Lavadeiras Corinthianas.
Isso porque a camisa e o calção de algodão eram muito caros. O tecido de algodão era caro. E a tintura preta era caríssima.

Portanto, embora constasse na primeira ata que foi perdida pelo tempo, o uniforme Corinthiano não pôde ser camisa branca, calções negros.
Por conta da contingência material.
O Clube do Povo tinha que fazer das tripas coração, e com o Povo que o concretizava.
Vejamos que só nesse movimento de receber a doação dos espanhóis, o Corinthians ultrapassava as fronteiras de seu próprio berço, o Bom Retiro, atravessava a cidade e chegava aos Saqueiros espanhóis do Brás, às Lavadeiras da Várzea do Carmo, tendo estado nas bocas e corações de cada Operário de cada fábrica da cidade, e de cada Ferroviário que jambrava no batente do trilho do trem.

Isso na primeira semana de existência concreta daquela Utopia.

Foi com essa camisa que o Coringão veio a concretizar a Seleção Varzeana, e se tornou o Galo Brigador das Várzeas. Pois as várzeas eram muitas e inúmeras, e o Coringão conquistou todas elas.

As camisas se acabam com o tempo de uso. Assim como a primeira ata, as primeiras camisas beges sem emblema se perderam no oceano do tempo.
Foi com camisa branca, calção preto e meias pretas que o Corinthians bordou pela primeira vez um emblema no Manto Sagrado.
Era 29 de dezembro de 1912, uma competição de corrida no Parque Antárctica, primeira competição oficial do Clube do Povo.
Valia a Taça Unione Viaggiatori Italiani, uma corrida de 10 km que mais tarde se transformaria na tradicional São Silvestre.
Naquele dia, João Collina (um Operário espanhol, portanto demonstrando a força do Clube de todos os Povos), André Lepre e Batista Boni venceram a corrida com o C e o P entrelaçado do lado esquerdo do peito.
Pela primeira vez registrada e documentada na História, em 29 de dezembro de 1912.

Reza a lenda que Dona Elisa Lotito da Silva foi a bordadeira que criou o C e o P entrelaçados, e bordou as três camisas dos atletas Corinthianos.
A foto, tirada na ocasião dessa conquista, nos revela que uma camisa é branca, e as outras duas eram beges.
Ou será apenas jogo de luz e sombra estampado com o clarão da pólvora, capturado pelo diafragma de uma antiga máquina de fotografar?...

O Corinthians tem suas valiosas lendas, e procurar a veracidade da informações e das elocubrações que nos foram deixadas pelos antepassados é tarefa para quem sabe escutar as vozes dos fantasmas, que ainda pairam no final da rua dos Italianos, onde outrora estava o areal do Bom Retiro, a praia onde o cometa foi contemplado e inspirou os primeiros Corinthianos, onde a Utopia começou.

Quem vê o Distintivo do Corinthians hoje, bem acabado, harmônico, uma verdadeira obra-prima popular, não imagina o quanto ele traduz a própria Epopéia Alvinegra.
O Corinthians foi no começo uma Utopia.

Um sonho; o Povo que quis construir um Clube, para enfrentar de igual para igual os clubes de almofadinhas. E o Clube dos Operários, ainda na infância, já levava rasteira que gente grande leva; sacudiu a poeira, se levantou, ergueu-se ainda maior, e se fez Gigante.
O Distintivo conta um pouco dessa História.

Resumindo, o Corinthians não passava de um sonho, em sua infância. Restrito às Várzeas, ganhou em seus primeiros anos o título de Galo Brigador, era o Campeão dos Campeões das Várzeas. E suas camisas não passavam de um bege que desbotava nas muitas vezes em que foram lavadas. Nada havia para identificá-lo, mas o Povo em volta do campo não deixava dúvida; era o Corinthians jogando.

Foi em março de 1913, quando ousadamente entrou num torneio de acesso para pleitear uma vaga no campeonato oficial, que o Corinthians pela primeira vez precisou de uma "identificação" em seu uniforme.

Note, portanto, que até então a necessidade de Distintivo não existia. Não para o varzeano.

Às pressas, na véspera do jogo, foram bordadas as iniciais do clube, o "C" e o "P" sobrepostos, nas onze camisas brancas ou beges, do mesmo jeito que naquelas três camisas, em 29 de dezembro de 1912.
Com esse Distintivo, o Corinthians alcançou seu lugar na Liga. Depois de passar por todas as barreiras de preconceitos e maledicências, revolucionava pra sempre o Futebol.

Naquele ano, o santos (ou pequena sereia) não passava pelas mesmas barreiras, pois apenas ao Corinthians era necessário uma coisa dessa.
O Corinthians era marcado por ser do Povo.
Todos os clubes tinham dono e patrões, o Corinthians não.
Era um verdadeiro sindicato de boleiros, uma seleção das Várzeas.

O clube da baixada entrava na liga por indicação patronal, coisa que o próprio Minas Gerais, que perdeu do Corinthians nesse torneio de acesso feito pra ser uma armadilha ao Clube do Povo, viu acontecer consigo mesmo logo depois.
Esses fatos todos denotam como era, e como ainda é, tratado o Clube do Povo.

Enquanto isso, as madames fugiam para seu campeonatinho asséptico, com a imprensa bradando aos ventos que aquele era o verdadeiro campeonato.
Claro, o Corinthians havia revolucionado o Futebol.
Mas agora não tinha mais volta, não adiantava fazer graça. O Povo estava lá, com a cara e a coragem.
No começo do primeiro campeonato, de 1913, o Coringão penou.
Se reformulou, e é aqui neste ponto da curva da História que sobem, do segundo quadro pra o primeiro quadro, Amilcar e Neco.
Dois experientes jovens boleiros de Várzea, que continuaram a Revolução Corinthiana em campo.
Com eles, o Corinthians foi, pela primeira vez em sua História, Campeão Invicto. Em 1914.

E aqui há uma nova mudança no distintivo.
Existem registros fotográficos de um Corinthians x Germania, que o Coringão venceu por 3 a 1, de junho de 1914, antes de ser Campeão portanto, em que o distintivo não era esse hoje conhecido C e P sobrepostos.
Era um escudo de formato mais quadrado, que portava um P no centro, e o C era representado por uma Ferradura.
O segundo da seqüência que está no cabeçalho do post.

Sim, a Ferradura é também um símbolo Corinthiano, dos primórdios, da infância do Clube.
A Ferradura, que é símbolo da boa sorte, representa também a lua crescente de São Jorge, que é a fase dos bons sortilégios, do crescimento e, segundo o misticismo, a melhor hora para iniciar qualquer movimento e para fazê-lo se agigantar, representava ali o C de CORINTHIANS.
E não estava ali por acaso, a ferradura, pois nada na História e nas Lendas Corinthianas é por acaso.
O Corinthians tinha seu campo, o Campo do Lenheiro, atrás do estábulo da Companhia Viação Paulista, que gerenciava os bondes, que ficava na rua dos imigrantes, atual José Paulino. Naquela época muitos bondes ainda eram puxados por cavalos.
A Ferradura, então, foi o emblema com o qual o Corinthians entrou em campo em diversas partidas no ano em que foi campeão invicto pela primeira vez.
Nesse registro, no campo do Parque Antárctica, contra o Germania, em junho, e para quem gosta de curiosidades, embora a ata tivesse sido reescrita em março de 1913, por exigência da Liga, e nela estivesse escrito que o uniforme é camisa branca e calção preto, nesse registro fotográfico vemos o Coringão de camisa bege, punhos e golas pretos, e calção branco.

Mais uma vez, devemos dizer que as razões disso são, talvez, controversas e geram lendas.
Fato é que o Corinthians não tinha dinheiro nenhum em caixa, e sobrevivia e se desenvolvia com o esforço comum a todos os Corinthianos. Nesse sindicato de boleiros, o dinheiro era escasso e a contingência material era flagrante.
De modo que não existirá outra explicação plausível que o preço dos calções brancos serem mais baixos que o preto, e que as camisas beges talvez tenham virado amuleto, expressando com sua Ferradura o próprio Terrão do Campo do Lenheiro, Berço da Resistência que fundou e que moldou o Clube do Povo.

Mas na foto de Campeão Invicto de 1914, porém, o distintivo é outro.
Hermógenes Barbuy, irmão de Amilcar e litógrafo, cunhou um escudo lindo, que hoje também é muito conhecido.
Mas na camisa de campeão de 14 ele não tem o S.
É o escudo apenas com C e P sobrepostos, o terceiro da sequência apresentada acima.

Essa Ferradura, e esse escudo transitório, em 1914, são parte do quebra-cabeça que o David, incessante arqueólogo e guerreiro das causas Corinthianistas, que comanda o nosso Memorial – que todo mundo tem que visitar com freqüência e assiduidade – está montando e desvendando.

O Corinthians assustava os engomadinhos da madame, que viam gente do Povo jogando Futebol.
Aquela liga que a imprensa passou a chamar de “forte” fez um convite ao Corinthians, o campeão invicto da liga chamada “pobre”.
Para que participasse da liga chamada de “rica” pela imprensa. Em 1915, no começo do ano, o Corinthians foi "convidado" a fazer parte da APEA.
Foi tudo tramado. Sordidamente tramado.
O Clube dos Operários queria mesmo enfrentar os times dos patrões e ensinar de vez o que é Futebol, nunca escondeu isso de ninguém, como todos escondiam o fato de não querê-lo ali. E aceitou.
Se desfiliou da Liga e foi se inscrever na liga engomadinha. Com toda a gana de meter um vareio naquela gente.

Veio a grande rasteira, que nos mostra cabalmente que 1915 foi o ano crucial da História do Corinthians.
O Corinthians, que já havia até bordado um S naquele novo escudo, o quarto da sequência, passou esse ano de 1915 pelo seu Cabo das Tormentas.
Porque não era para disputar o campeonato, vieram a dizer os "ilustríssimos" após o rompimento com a Liga e no ato de inscrição da APEA.
Não era para disputar o campeonato...

Era aquela gentalha do clube do chá-das-cinco agindo. Essa corja imunda está por aí, à toa, até hoje, inventando mentiras sobre o Corinthians...
Era apenas para representar a APEA em amistosos, essa rasteira travestida de convite.

Não havia como voltar atrás. O Povo chiou, mas a armadilha já estava fechada. Não tinha como escapar. Restava apenas a Resistência.
Então o Corinthians, neste ano de 1915, fez apenas amistosos, e emprestou seus jogadores.
Que foram remunerados, vejam só.
Amadorismo?... Não!
Não existia essa pureza propalada pelos engomadinhos, o que prova que era apenas uma falácia para se proteger dos Clubes populares, e em particular, do Corinthians, que não pagava nada a seus jogadores. Pelo contrário, jogador que não tinha mensalidade em dia não jogava.
A história dessa época é que Neco estava atrasado nas mensalidades, e então a Torcida passou o chapéu pra ver seu Herói jogar. Fez os dois gols da vitória e, no fim do dia, foi jantar junto com o pessoal todo na casa de um torcedor.
Era assim, o Corinthians.

Foram remunerados e tudo, nos outros clubes em que foram emprestados.
Mas preferiram voltar ao Clube do Povo, por amor à Camisa.
Neco, e todos eles, doaram os bichos pelas vitórias que obtinham nos outros times, para o Corinthians, o Clube do Povo que era a Razão de vida deles.
Nenhuma instituição no mundo tem essa História, e é por causa disso tudo que o Corinthians é Referência.

O que poucos sabem é que a APEA também proibiu o Corinthians de usar seu uniforme.
Os amistosos teriam de ser disputados com um uniforme alternativo.
E quem olhar o quadrinho que tem lá no Memorial, que todo mundo tem que visitar com freqüência e assiduidade, o quadrinho de 1915, verá um Timão trajado de preto.

A camisa preta com listras brancas surge em 1915, portanto.
E ela representa a máxima Resistência do Corinthians frente a qualquer adversidade.

Não é à toa que é o Manto Sagrado que São Basílio vestia quando fez o Gol da Libertação. Nada na História do Corinthians é por acaso.

Proibiram o Corinthians de usar seu Manto Sagrado, mas a origem do Corinthians mostra que não importa qual distintivo está no peito, se ele não está no peito, se é só uma camisa branca ou bege, sem distintivo ou com distintivo, se o calção é branco ou preto, como nos tempos da Várzea.
Não importa.
Importa sim que é o Corinthians em campo.

Proibiram o Corinthians de usar seu Manto!

E o Corinthians com seu Povo e sua força inquebrantável criou a camisa preta com listras brancas.
Nessa camisa não há qualquer distintivo.
E o Amor Corinthiano fala mais alto, mesmo numa adversidade tão grande.
Quiseram acabar com o Corinthians, com uma sórdida rasteira que acabaria com qualquer Zé Mané, menos com o GIGANTE CORINTHIANS, pois apoiando o Gigante estava o Amor do Povo.

A camisa preta simboliza essa máxima resistência Corinthiana.

Quando o Corinthians volta à Liga, em 1916, volta com seu uniforme, camisa branca de gola e punhos pretos, calção preto, e com a alternância de dois símbolos. Aquele brasão do litógrafo Hermógenes Barbuy, e aquele outro com contorno preto e um círculo branco. Todos os dois com o S, o C e o P entreleçados, mas em desenhos diferentes.

A idéia era a de simplificar o Distintivo, com as mesmas letras sobrepostas. O formato circular, que desde então passou a vigorar, ajudou nesta transição.
A duração destes primeiros Distintivos era a duração das camisas; quando esgarçadas, foram trocadas, e com elas trocou-se o próprio Distintivo.
Importa lembrarmos que a cada jogo de Camisas, novo rateio era formado, nova Assembléia era constituída para votar o Distintivo a ser bordado, e assim por diante.
Assim foi que o Coringão conquistou seu segundo campeonato, também invicto, de 1916!

E em 1917, quando construía sua Praça de Esportes na Ponte Grande, na antiga rua Itaporanga, era naturalmente fortíssima a participação de todos os associados, que faziam mutirões que varavam as madrugadas, para que o Corinthians pudesse ter seu campo e sua cômoda Arquibancada.
E era fortíssima a participação dos associados, pois, também na criação do distintivo.
E para mostrar a pujança do Clube que mais crescia na cidade, até porque crescia do zero e do esforço descomunal do Povo, sem precisar ganhar Parques Antárticas de mão beijada, nem regalias do poder público desde sempre corrompido, foi escolhido um novo Distintivo.

E nesse sentido de simplificação, o distintivo que inaugura a Ponte Grande é o círculo com as letras S, C e P entrelaçadas. O sexto na sequência apresentada.

Com este Distintivo o Corinthians vai até a rua Paysandu, no bairro chiquérrimo das Laranjeiras, e sapeca uma virada de 2 a 1 em cima do flameigo, naquele que foi o primeiro jogo interestadual (a primeira peleja internacional foi contra o Torino, em 1914, mas dela falamos adiante) da história do Coringão, e no qual se viu a primeira invasão Corinthiana à Cidade Maravilhosa.
Isso em dezembro de 1918.

Essa espetacular vitória fora do estado deu margem às idéias que começaram a modificar novamente o distintivo do Clube do Povo.
Essas idéias acabaram indo na contramão da idéia de simplificar o escudo e acrescentaram muitas informações no brasão da Resistência Popular que é o Coringão.

(Uma coisa que é de se notar é o seguinte; a maioria das camisas retrô que estão sendo feitas e comercializadas, especialmente quando fazem referência a essa primeira década da história do Corinthians, estão, quase todas, bem erradas, conforme essa datação que está sendo feita e que está documentada.)

Então, em 1919, a camisa pela primeira vez, fica sem a gola e os punhos pretos. Passa a ser inteiramente branca, de botões, inclusive.
E um novo distintivo foi bordado no Manto.
Do formato circular foi feita a borda mais larga, com o nome completo escrito, e a data de fundação. Aliás, a data completa: 1/9/10.
1º de Setembro de 1910.

E a idéia da bandeira desfraldada, mesmo anônima, é belíssima.
Homenageia a representação Corinthiana fora do estado, na rua chiquérrima do Paysandu, nas Laranjeiras Cariocas.
O Corinthians representa a sua casa fora de casa.
Já tinha disputado pelejas internacionais, mas era a primeira vez que saía de seus domínios estaduais, e virou o jogo.
Além dessa representação estadual, a celebração de uma vitória e de uma ascensão à hegemonia entre as torcidas na época, a bandeira desfraldada no círculo remete ao símbolo anarquista daquela época, circulo negro e bandeira negra desfraldada.

E o Sindicato de boleiros chamado Corinthians mostrou ao Povo, em 1913, que a Greve Geral de 1917 era muito mais que possível.
Naquela época tivemos até uma tentativa anarquista de tomada de poder na Capital Federal, a cidade maravilhosa, que já estava conquistada pelo Clube do Povo.
E foi este distintivo que passou a vigorar na camisa, a partir de 1919.

Em 1920 existem registros de que a gola preta e os punhos pretos voltaram a vigorar, com o mesmo distintivo com a bandeira no peito, e com cordão preto para amarrar a gola.
Provavelmente aquelas camisas de botões acabaram se desfazendo, com tanto uso.
No Corinthians era assim!
E novos rateios tinham de ser feitos, quando isso acontecia.

Em 1921 já voltava a camisa toda branca com botões; com esse uniforme o Corinthians é tri-campeão duas vezes na década, alcançando a hegemonia em campo e nas Arquibancadas, definitivamente e para a eternidade.
22, 23 e 24; 27, 28 e 29.

Camisa branca de manga longa, com botões. Calção preto e meias pretas, com duas listas brancas horizontais no topo.
E com o escudo da bandeira desfraldada, que não foi mudado mais.

Mas quando o Parque São Jorge foi adquirido, em 1926, o Corinthians ganhou mais que sua Fazendinha; ganhou um rio, limpo, onde podia promover regatas, e as gerações de Corinthianos puderam aprender a natação. Estes dois esportes, tão tradicionais no Clube, passaram a ser representados no Distintivo.
Podemos encontrar semelhança em diversos brasões das Marinhas pelo mundo afora, desde muitos séculos atrás, e é certo que a idéia da âncora com os remos não era nova.
Coincidência ou não, era também inspirado em um símbolo de um anarco-sindicato reformista de marinheiros de 1913.

Mas o círculo já havia se tornado uma bóia salva-vidas, e ainda que não vigorassem na camisa de jogo, a âncora e os remos estavam ali, pintadas nas paredes do clube.
Reza a lenda que o sócio nº 10, o português Antônio Ferreira de Souza, apelidado "Scafanhask", foi o primeiro a desenhar os remos e a âncora, na parede do Departamento de Remo.
Fato é que ninguém pode dizer quem pensou neste Distintivo; ele é um pouco o pensamento e a imaginação de cada Corinthiano que desenhava um modelo, cada um de um jeito.
No começo, os remos eram muito maiores que a bóia, e a âncora não tinha este formato. Aos poucos foi se harmonizando essas formas. E é aqui que reside a beleza essencial deste nosso Distintivo.

Quem harmonizou as formas foi um grande artista plástico, que também era jogador de bola e foi jogador do Corinthians, por cinco anos, Francisco Rebolo. Seu irmão havia sido pintor de paredes, amigo de Antonio Pereira, e foi um dos primeiros a doar dinheiro ao Clube que ainda se concretizava, ainda em 1910. No Corinthians, nada é por acaso.
Foi ele quem redesenhou e harmonizou, em 1938, as formas desse maravilhoso símbolo, como o conhecemos hoje.
O símbolo que muitas cabeças já pensavam, muitas mãos já desenhavam e muitos corações já amavam, foi sintetizado por um artista, que criou uma obra-prima.
Mas chegaremos lá em 38.

Pois em 1930 o Corinthians entrou em campo com uma camisa branca listrada com linhas finas negras. Era o inverso da camisa de 1915. E ela tinha cordão, manga longa, e o Coringão jogou de calção preto e meia branca. Venceu por 4 a 2 o Huracán da argentina.
É mais uma camisa a ser notada na história.

Em 1935 a gola e o punho pretos voltam. Mas em mangas curtas. É a famosa, e linda, camisa da época de Teleco, época de mais um tri-campeonato, o de 37, campeão da paz, 38 e 39.
Essa camisa durou até 1942, e em 1939 a versão do Distintivo que estava nas paredes do Clube, e nos corações de muitos Corinthianos, e que foi harmonizada por Rebolo, já estava também na camisa.
Foi em 39, portanto, que o distintivo com remos e âncora partiram para a luta no Campo de Bataglia.
E este Distintivo está agora em toda parte, e faz pulsar de emoção; é capaz de fazer sorrir e chorar, todo Corinthiano.
E que foi campeão em 1941, ano da Intervenção e de mais uma brava Resistência Corinthiana.
Correcher diria; com razão ou sem razão, o Corinthians tem sempre a razão.

O Distintivo é mais uma expressão da Resistência Corinthiana, como bem poetizou o Mestre Lourenço Diaféria;

"Se você olhar bem direito o Distintivo do Corinthians, vai descobrir dois remos e uma âncora. A âncora é o símbolo da esperança. Os remos somos nós, os torcedores Corinthianos. Porque o torcedor Corinthiano não tem pressa. Pode ficar vinte anos na espera. Nossa esperança é de aço, nossa esperança é eterna. O torcedor Corinthiano não cansa, sempre rema, a favor ou contra a corrente, jamais abandona o barco. É nisso que ele é melhor, é nisso que ele é valente. No distintivo do Corinthians há também uma bandeira. Olhe bem, a bandeira está aberta. O torcedor Corinthiano tem tanta esperança, e rema tanto, que jamais enrola a bandeira, enquanto a bola rola em campo. Porque o torcedor Corinthiano sabe, e se a bola tem coração, na hora da decisão, ela também é Corinthiana"

Em 1943 a camisa voltou a ser toda branca, com gola de camiseta, e essa camisa branca perdurou até 1962 como uniforme principal. De 63 a 69, ela ganhou novamente a gola de camisa, sempre toda branca.

Nesse meio tempo, em 44, reeditou-se a camisa branca com listras pretas, com gola de camiseta. Mas ao contrário de 1930, ela agora portava o distintivo no peito.
Na verdade, um segundo uniforme preto existiu em 1940, uma camisa preta sem o símbolo, escrito Corinthians numa faixa branca na barriga.
Em 1945,a camisa preta com listras brancas passou a ser oficialmente o segundo uniforme.
Em 1950 criaram a camisa que Celso Unzelte chamou de “babador”
Em 1952 criaram a camisa que tem as mangas todas pretas, a gola preta, e toda a parte de cima, dos ombros, preta.

Essas duas camisas, a dos ombros pretos, e a do babador, podem ser encontradas, em réplicas, na loja do Corinthians, que fica ao final da visita do Memorial. E todo Corinthiano precisa visitar regularmente o Memorial.

Da década de 1950 em diante, o uniforme principal foi sempre a camisa branca, calções negros. Variava a gola, ora era gola de camisa, ora era gola de camiseta. E variava também as meias, ora preta, ora branca.
O segundo uniforme foi sempre a camisa preta com listras brancas, calção preto e meias pretas. Às vezes as meias foram brancas.
O que variava era o padrão das listras da camisa. Os primeiros modelos, de 44 a 51, eram de sete listras, com uma branca no centro. De 52 a 69, foram cinco listras, maiores, sempre com uma central.
Esta é a história da camisa até 1970.

Em 1965 o Coringão jogou de azul, com o Manto de Nossa Senhora Aparecida, a própria camisa da Seleção. Foi na Inglaterra, contra o Arsenal.
Em 1969 foi ao Peru jogar contra o Universitário, mas não havia levado o jogo de camisas pretas, e não poderia jogar com o uniforme principal por causa da camisa branca. Improvisaram uma camisa de listras iguais, pretas e amarelas, com gola vermelha.
De aurinegro, calção preto, com uma gola vermelha, o Coringão enfiou 5 a 2 no Universitário de desportes.

Não importa, portanto, a camisa.
Importa, sim o Corinthians.
E até 1970 vimos o bege, o preto com listras brancas, o branco com listras pretas, o todo preto, o branco com ombro preto, e claro, a camisa branca sempre Tradicionalíssima, ladeada do uniforme preto que simboliza a Resistência de 1915.
Azul, da seleção, aurinegro, na goleada no Peru. E também a homenagem ao Torino em 1949. Mas dessa, deixaremos para falar no final da narrativa, pois é justamente a camisa nova que acabaram de lançar.

Em 1970 o Manto Sagrado principal voltou a ter gola de camiseta, formato de gola que perdurou até 1989, com uma variação em 79 e 80, quando a gola de camiseta era em formato de V.
O segundo uniforme, a camisa preta com listras brancas da Resistência, ganhou duas versões a partir de 1972 até 1978.
A camisa com gola de camisa ganhou manga longa, com punho branco. E a camisa de manga curta manteve a gola de camiseta.
Em 1971 e 1972 foi reeditada a camisa branca com listras pretas, que também tem na lojinha que finaliza o passeio pelo Memorial, que todo Corinthiano tem que visitar com regularidade.
A gola e os punhos dessa camisa linda tem duas listras pretas com uma branca no centro. Uma variação com gola em V apareceu em 1973, mas essa camisa não mais voltou a Campo de Bataglia depois disso, até 2007. Depois ainda ganhou versão de risca fina, em 2008 e em 2009.

Em 1979 o segundo uniforme também ganhou a gola em V, e ganhou mais listras. A listra central agora era a preta, grande, ladeada pelas listras mais finas brancas, num total de 8 listras brancas.
O formato com 8 listras brancas perdurou até 1999, quando voltou a ter cinco listras brancas maiores, parecida com a camisa da época do Luizinho, Claudio e Baltazar.

Em 1990, tanto a camisa principal branca quanto a camisa preta com listras brancas voltaram a ter gola de camisa.
A da camisa principal, a gola preta, e a da preta, a gola branca. Essa gola de camisa durou toda a década de 90, e quando as golas de camiseta voltaram ao uniforme, a partir de 2000, não saíram mais, e duram até hoje.
Em 93, a camisa preta teve o surgimento do branco nos ombros, mas não durou muito. Tivemos até algumas camisas do segundo uniforme cujas listras era Sport Club Corinthians Paulista escrito, se lembram dessa?

Em 1996 surgiu aquele modelo de camisa para jogos internacionais, feitos por Ted Lapidus, um francês. Era aquela camisa que tinha listras ao lado do peito e nos ombros, com o símbolo no centro do peito. Isso não se faz.
Esse foi o primeiro caso em que surgiu o símbolo no centro do peito, que reapareceu naquela camisa para jogar o Mundial da Fifa, que tinha uma listra no ombro e dos lados embaixo do braço.
Para ambos os modelos, o primeiro uniforme era branco com listras pretas, e o segundo era preto com listras brancas. A de 96 tinha gola de camisa, a de 2000 tinha gola de camiseta.

Em 1999 temos aquela camisa preta, com os ombros cinza e algumas pontuais listras amarelas, que seria o uniforme alternativo, chamado hoje de terceiro uniforme, da época.

Em 2001, 2002 e 2003 o uniforme foi a reedição daquele usado em janeiro de 2000, para o Mundial, alternando com novas versões do uniforme principal e do uniforme preto da Resistência.

Em 2003, para comemorar 25 anos da Libertação de 1977, a camisa prateada com listras brancas.

Em 2004, 2005 e até metade de 2006, o distintivo foi parar no meio do peito. E isso não se faz.
Tivemos a camisa de listras douradas em 2006, e isso também não se faz.
Em 2008 e 2009 o Corinthians chegou a jogar todo de preto.
E em 2008 lançou a tal da camisa roxa, e chegou a jogar cheio de retrato 3 por 4 pintado no Manto Sagrado. Lançaram ainda a roxa com listras pretas e a da cruz. Hoje, até a fornecedora de material esportivo, que é comprovadamente anticorintiana, reedita raio no lugar de listra. Mas enfim.

O distintivo como vemos hoje surgiu em 1979, através de uma nova harmonização das formas, de um detalhamento maior e do dinamismo que o Distintivo comporta, que surgiu de um grupo formado por Francisco Piciocchi, Vicente Matheus, Flavio La Selva, Sérgio Terpins entre outros conselheiros, que em 80 colocaram em votação esse novo desenho do distintivo que vemos até hoje.
Pouco depois disso, Tantã veio a falecer... mas isso é outra história.

E antes de falarmos do novíssimo lançamento, e das razões pelas quais se está dizendo que é uma homenagem, vamos fazer um histórico do que já esteve estampado no Manto Corinthiano.

A primeira vez que se escreveu alguma coisa foi em 1940, como dissemos, uma camisa preta com Corinthians escrito numa listra branca horizontal. A segunda vez foi em 1982. E o que se escreveu no Manto foi “DEMOCRACIA CORINTHIANA”.
Nada na História do Corinthians é por acaso.

Claro, o que acontecia no Clube era um processo de aplicação das regras do futebol que se modernizava. Em 83, num país atrasado pela ditadura militar, o Corinthians estampou “DIA 15 VOTE”.
Em 1983 as primeiras empresas pagam para anunciar no Manto Sagrado. Hoje são muitas. No começo, a anticorintianada tirava sarro, agora todo mundo faz igual. A anticorintiania doentia e esquizofrênica é mesmo ridícula...

Mas enfim, feita toda essa digressão, essa história da camisa e do distintivo Corinthiano, que espero, tenha elucidado algumas questões que todos devem ter na cabeça, reiterando que todo mundo deve visitar o Memorial para verificar a veracidade das informações que aqui estamos propagando, chegamos ao ponto crucial de hoje em dia.

A questão dessa nova camisa 3, assim chamada hoje em dia. Haverão outras mais, o marketing já planeja como se já tivesse ganho as eleições.
Essa camisa que homenageia o Torino.
E por quê homenagear o Torino?

Em 1914 o Torino fez excursão pela América do Sul, e veio ao Parque Antartica enfrentar vários times e o Corinthians. Em 15 de Agosto de 14 tivemos a derrota, primeira partida internacional do Coringão, por 3 a 0. Depois, na revanche, o juiz Charles Miller inventou um gol, e ficou e, 1 a 2.
Foi quando o Vittorio Pozzo, técnico do Torino e futuro técnico da bicampeã seleção italiana da década de 30, disse:

“O Corinthians pode ir e enfrentar qualquer um dos times da Europa”.

Como se na Europa o Futebol fosse muito mais que em nossas Várzeas...
Em 21/07/1948, no Pacaembu, o Coringão venceu por 2 a 1, com gols de Baltazar e Colombo.
Um ano depois dessa partida, em 4 de maio de 1949, o avião FIAT G212 da companhia Aeritalia chocou-se contra a fachada da basílica que domina a colina de Superga, situada nos arredores de Turim. O avião transportava a equipe e toda comissão técnica do glorioso Torino (31 pessoas). O acidente ficou conhecido como a "Tragédia de Superga".

Vamos ao Mestre Diaféria.
Página 309 da Bíblia Corinthianista, “Coração Corinthiano”, capítulo LX. “A Camisa”. 3º parágrafo.

“Porém houve ocasiões especialíssimas em que o Corinthians abdicou do preto e branco no uniforme. Numa dessas ocasiões foi pra prestar uma comovente homenagem póstuma ao time do Torino, da Italia, que perecera num desastre aéreo ocorrido em Superga, no dia 4 de maio de 1949. O Torino havia se exibido no Brasil e realizara sua última partida exatamente contra o Corinthians. Fora um jogo belo e emocionante, um encontro de artistas da bola, em que a garra corinthiana prevalecera por dois gols a um.
A tragédia abalou o todo o mundo esportivo e especialmente a gente corinthiana. A melhor forma que o Corinthians Paulista encontrou para mostrar sua tristeza e o respeito para com os craques italianos com os quais pouco antes havia confraternizado no campo foi envergar a camisa grená do Torino em seu primeiro jogo após o desastre, enfrentando a portuguesa. Uma foto do time corinthiano com a camisa do Torino foi posteriormente enviada à sede do clube na Itália, com palavras de carinho e eterna solidariedade”

São essas as palavras que o mestre deixou.
O motivo pelo qual o Corinthians envergou o grená, com o scudetto da bandeira italiana do lado esquerdo, como se fosse ele mesmo o Torino Campione d´Italia, e de fato representou tanto a si, Corinthians, quanto o próprio Torino, na vitória por 2 a 0 sobre a portuguesa, parece a todos aqui um bom motivo, e não há o que se contestar.

Em 8 de maio de 49, o Corinthians usou grená, numa justa e bela homenagem, portanto.
A renda da partida foi destinada aos familiares dos jogadores vítimas da tragédia de Turim.

Mas tenho que dizer que isso tudo não é nem de longe motivo pra se reeditar essa camisa, embora não seja feia como a roxa, a roxa e preta e a roxa cruz-credo.
E isso que acabo de dizer não passa de minha opinião.
Não há motivo, embora seja a única dessas aí, o tal terceiro uniforme que lançam toda hora, que seja verdadeiramente bonita.
E ainda leva São Jorge, o que a deixa ainda mais forte e bela.

No entanto, o que não é minha opinião meramente, no que diz respeito ao fator estético da coisa toda, é que esses lançamentos caça-níqueis não passam de conversinha oca pra desviar as atenções.
Com o argumento dessa nobre homenagem, que já foi consumada e teve seu tempo pra acontecer, lançam uma camisa sem propósito nenhum, maculando a verdadeira homenagem e se utilizando da figura do próprio padroeiro para cacifar a intenção toda.

Mas qual é essa intenção toda? Justamente se aproveitar de vossa nobreza, caríssima Família Corinthiana, para ganhar em cima dessa paixão.
Ganhar dinheiro.
Mas não só.
Fazer com que esse dinheiro vá para os bolsos da multinacional, e não para o seu título de sócio, por exemplo.
Desviar sua atenção aos verdadeiros propósitos Corinthianos.
Acho que a questão não se minimiza no “somos preto e branco”, porque isso é óbvio que somos.
A questão é a utilidade desse terceiro uniforme. Uma coisa moderna vinda da Europa que estamos acostumados, e até certo ponto, fadados a copiar incessantemente.
Ainda mais quando é usada uma homenagem de 1949 nos dias de hoje, demonstrando o próprio desapreço à história Corinthiana, demonstrando apenas o uso mercadológico e nada mais que isso.
Sim, há coisas boas, como os tantos Torinenses que escreveram no Site do Corinthians se dizendo Corinthianos por conta dessa homenagem. Mas isso não mascara a intenção real.
Sim, tem gente aprendendo a História do Corinthians por causa da camisa grená. Mas além disso não mascarar a real intenção, também não abre portas para compreender o real significado da Resistência Corinthiana, que é a verdadeira História do Clube do Povo.
Pelo contrário. Cento e noventa reais numa camisa já é absurdo. Com intenções meramente mercadológicas, ultrapassa o limite do anticorintianismo.

Todas as vezes que o CORINTHIANS usou um uniforme que não fosse Preto e Branco, houveram motivos dignos e reais. Só hoje em dia que esses motivos são puramente mercadológicos. Por isso...
ACORDA FIEL!!!

VIVA O CORINTHIANS
NOSSO DE CADA DIA!!!


Mais um brilhante texto do Filipe Gonçalves ou @anarcorinthians, se preferir, uma das maiores autoridades em história Corinthiana.

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